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ANÁLISE

Por que os resultados do Santander no 4º trimestre decepcionaram

Felipe Bevilacqua

03/02/2022 09h17

Hoje comentaremos o resultado do Santander, que deu início à temporada de resultados dos bancos, e falaremos dos fortes resultados da Alphabet, holding que controla o Google.

Confira a seguir o comentário de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre essas movimentações. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!

Santander divulga resultado abaixo do esperado

Terceiro maior banco privado do Brasil, o Santander (SANB11) foi o primeiro dos grandes bancos a divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2021. De forma geral, os números apresentados pelo banco vieram um pouco abaixo do esperado. Neste sentido, esperamos um impacto ligeiramente negativo nas ações da companhia. Na sessão de quarta-feira (2), as ações caíram 2,99%, a R$ 31,75.

Na nossa visão, a grande decepção foi o resultado das operações com o mercado, que não conseguiram repetir o bom resultado do trimestre anterior. Além disso, a pior qualidade dos ativos já parece impactar o resultado.

Em suma, o banco apresentou um resultado operacional dentro dos padrões, porém sem grandes surpresas positivas. Por outro lado, o avanço da digitalização da instituição e suas estratégias digitais continuam gerando externalidades positivas e devem seguir ajudando nos próximos resultados, principalmente na melhoria da eficiência operacional.

O Santander também aprovou o pagamento de 3,2 bilhões, ou R$ 0,8 por unit, em dividendos e JCP (Juros sobre Capital Próprio) para os acionistas que tiverem ações da companhia até o fechamento do dia 10 de fevereiro de 2021. O dividend yield (indicador que permite mensurar o rendimento de uma ação com base no pagamento de dividendos), portanto, é de 2,5%.

Dona do Google apresenta resultados acima das estimativas

Holding que controla o Google, a Alphabet (GOOG) apresentou números fortes e acima da média das estimativas de mercado no quarto trimestre de 2021. Os destaques dos resultados ficaram para as linhas de receita, margens e de lucro líquido.

A receita líquida foi de US$ 75,32 bilhões, crescimento de 32,4% na comparação anual e cerca de 4,3% acima das expectativas. O carro-chefe, que ainda lidera o crescimento das vendas da Alphabet, foi o Google Anúncios com 33% na comparação anual.

Em linha com os fortes resultados, esperamos impacto positivo no preço das ações no curto prazo. Na sessão de quarta-feira (2), as ações da companhia fecharam alta de 7,52%, a US$ 2.960,00.

Por fim, no quesito de unidade de negócios, destaque mais uma vez para o Youtube e o Google Cloud, com taxas de crescimento em base anual próximas de 25% e 45%, respectivamente. A margem do Google Cloud veio ainda negativa, mas a companhia parece estar a menos de um ano de atingir o breakeven (momento em que não prejuízos, mas também não há lucros) no segmento.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.