Hoje comentaremos os resultados da C&A referentes ao quarto trimestre de 2021, período durante o qual a companhia deu sinais de recuperação em comparação com o ano anterior.
Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
Resultados da C&A melhoram, mas seguem abaixo do pré-pandemia
A C&A (CEAB3), gigante do varejo de moda, divulgou seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2021 na noite de quinta-feira (10), com números significativamente melhores do que os apresentados no quarto trimestre de 2020. Entretanto, o desempenho da companhia segue abaixo do observado no período pré-pandemia.
A receita líquida do quarto trimestre de 2021 foi de R$ 1,9 bilhão, uma alta de 6,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O destaque da recuperação continua sendo a receita de vestuário, que teve uma alta de 15% no trimestre. Enquanto isso, "fashiontronics" e serviços financeiros continuam em queda considerável. Vale lembrar que a C&A divulgou a criação do C&A Pay, que substituirá a parceria com o Bradescard, cartão de crédito válido na rede de lojas da companhia.
Apesar da disparada da inflação, a companhia conseguiu repassar a alta dos custos para o consumidor final. As despesas com vendas no período cresceram 12%, devido à normalização do horário de funcionamento de todas as lojas e à pressão inflacionária principalmente de ocupação e pessoal. Com isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado do período foi de R$ 201,5 milhões, uma alta de 22,6% em relação ao mesmo período de 2020.
Por fim, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 154 milhões no quarto trimestre, uma alta de 41,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apesar do cenário particularmente desafiador para o varejo como um todo, o segmento de moda mostrou uma recuperação vigorosa nos últimos meses de 2021. Sendo assim, esperamos impacto positivo nas ações da C&A no curto prazo.
Todavia, a companhia ainda está longe de voltar ao patamar anterior à pandemia. O Ebitda auferido no quarto trimestre ainda foi cerca de 40% menor do que o do mesmo período de 2019. Agora, de olho no desempenho da companhia em 2022, a inflação e a perda de poder de compra da população são os desafios a serem enfrentados não apenas pela C&A, mas por todo o varejo de moda.
Na sessão de sexta-feira (11), as ações da C&A fecharam em queda de 2,44%, cotadas a R$ 4,40.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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