Novo CEO quer Eletrobras entre as maiores de energia renovável do mundo
Na sexta-feira (5), Wilson Ferreira Jr., atual presidente da Vibra, foi novamente eleito CEO da Eletrobras (ELET6) pelo novo conselho de administração. O executivo havia presidido a empresa entre 2016 e 2021, quando ela ainda era controlada pelo governo federal.
Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
A expectativa é que Ferreira Jr. permaneça na Vibra até meados de setembro, enquanto a empresa realiza a transição do comando para o novo presidente, que ainda não foi definido.
O CEO volta à Eletrobras enxergando espaço para promover movimentos importantes de modernização, inovação e digitalização, tais quais enxergava na Vibra. Dessa forma, aproveitou a nomeação para declarar sua percepção de que a Eletrobras tem potencial de se tornar uma das maiores empresas de energia renovável do mundo, devendo, para isso, retomar o olhar para o crescimento da companhia e seu planejamento estratégico com horizonte até 2035.
Para alcançar esse ambicioso objetivo, a companhia precisará voltar a investir pesado. Ferreira Jr. avalia que a capacidade de investimentos da companhia deve crescer exponencialmente após a privatização, e já fala em investimentos da ordem de R$ 15 bilhões por ano - o triplo do investido em 2021.
Ao longo das últimas décadas, a Eletrobras perdeu uma fatia expressiva do mercado de energia elétrica brasileiro para novas ingressantes, tanto públicas quanto privadas. Sem capacidade de investir na expansão de seus negócios, a empresa viu a concorrência ocupar espaços estratégicos, mas conseguiu se manter no posto de maior empresa elétrica do Brasil.
Agora, o mercado espera que o executivo retome os planos de longo prazo, desta vez sem a forte preocupação com o alto grau de endividamento, fator que marcou parte da primeira passagem do CEO no comando da companhia.
Contudo, antes de mais nada, é importante analisar como o novo conselho e o CEO se portarão diante dos desafios que a empresa deverá enfrentar no curto prazo, principalmente no que diz respeito aos possíveis benefícios da privatização.
As ações preferenciais classe B da Eletrobras fecharam em alta de 0,80% na segunda-feira (8), cotadas a R$ 50,58.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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