Veja 4 opções para investir no setor de imóveis com pouco dinheiro
Resumo da notícia
- Fundos de investimento, ações, ETFs e financiamento coletivo são alternativas para começar a investir em imóveis, dizem profissionais de mercado
- Com juros baixos, setor pode ser opção para proteger investimento da inflação, dizem analistas
- Profissionais de mercado apontam vantagens de cada aplicação
A taxa básica de juros brasileira em mínimas históricas corroeu os ganhos de aplicações tradicionais - aquelas de baixíssimo risco e fácil resgate na renda fixa, como poupança, Fundos DI e Tesouro Selic, que estão até perdendo da inflação. Nesse ambiente, tem crescido entre as pessoas a procura por alternativas que permitam um retorno mais interessante, ainda que com maior risco. E uma opção que consultores financeiros dão para investidores é a de incluir imóveis na carteira de aplicações.
Só que na hora de aplicar o dinheiro em imóveis muitos pensam que é preciso muito dinheiro para comprar uma casa, um apartamento, uma sala comercial ou um terreno. De fato, esses ativos são caros para quem tem pouco capital para começar um investimento. Mas profissionais de mercado dizem que a pessoa não precisa empatar milhares de reais para incluir o setor imobiliário na carteira de aplicações.
Investir no setor imobiliário é uma forma de diversificação de ativos na carteira. Além disso, é uma forma de preservar patrimônio ao longo do tempo e, dependendo do produto, ter dividendos como uma forma de renda.
João Vítor Freitas, analista da Toro Investimentos
Veja abaixo formas de investir em imóvel com pouco dinheiro
1. Fundos de investimento: A partir de R$ 20, a pessoa já pode aplicar em uma das centenas de opções que o mercado brasileiro oferece de fundos de investimentos que aplicam no setor imobiliário. São carteiras que compram ativos cujo rendimento depende do comportamento de um imóvel.
Há fundo imobiliário que investe em papéis que representam empréstimos para construtoras ou incorporadoras. São os fundos imobiliários de papel. Há fundo imobiliário que compra participações em imóveis - residenciais ou comerciais, galpões ou terrenos. São os fundos de tijolos. E há fundos imobiliários que investem em outros fundos, os chamados fundos de fundos.
É um caminho primeiro para quem quer conhecer esse mercado com pouco dinheiro, para entender como funciona a dinâmica desse setor e poder começar a acumular patrimônio. A pessoa consegue investir com pouquíssimo dinheiro em diversos segmentos, escolhendo um que tenha mais a ver com o perfil do aplicador.
Carlos Ferrari, sócio do NFA Advogados, especialista especializado em representar empresas e instituições financeiras em operações imobiliárias, societárias e no mercado de capitais
Na hora de escolher um fundo, o analista-chefe da Suno Research, Marcos Baroni, recomenda que o aplicador deve buscar informação. Segundo ele, antes de escolher um fundo de investimento, a pessoa deve levantar dados, como, por exemplo, relacionados ao índice de vacância dos imóveis, se os locatários são conhecidos ou não, assim como a localização do ativo. Vale ainda investigar o histórico dos gestores da carteira.
Fundo imobiliário, por exemplo, é mais tangível que o mercado de ações. É mais fácil entender um relatório de um fundo que analisar um balanço de resultados.
Marcos Baroni, analista-chefe de fundos imobiliários da Suno
2. Ações: A pessoa pode investir pouco dinheiro em imóveis comprando ações de empresas do setor imobiliário. Dessa forma, ela fica dona de uma pequenina fatia de uma companhia que atua no setor, como uma construtora ou incorporadora, ou ainda de uma rede de shopping centers. Para ficar ainda mais acessível, a pessoa pode comprar essas ações no mercado fracionário, que exige menos dinheiro para começar a aplicação.
3. ETFs: Outra forma de investir em imóveis por meio da Bolsa é comprar um ETF que acompanha o mercado imobiliário. O Trend Ifix, por exemplo, acompanha o Índice Ifix, principal indicador que acompanha o comportamento médio das cotas dos fundos imobiliários negociados na Bolsa. Como uma ação, o ETF varia de preço todos os dias e, portanto, é um investimento de risco.
4. Financiamento coletivo ou crowdfunding imobiliário: O investidor empresta dinheiro para uma construtora, que paga juros a esse investidor. Os juros são o retorno da aplicação. O investimento é feito por plataforma que une quem toma o empréstimo -a construtora ou incorporadora- e dezenas de investidores.
No Brasil, a Urbe.me é um exemplo de fintech de crowdfunding imobiliário que já dispõe de operações concluídas, com 50 rodadas de captação que levantaram R$ 65 milhões de quase 6.000 aplicadores.
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