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Com R$ 1, você já pode investir no agronegócio; veja opções

João José Oliveira

Do UOL, em São Paulo

20/01/2021 04h00

Resumo da notícia

  • Agronegócio, destaque na economia e no mercado, pode ser incluído na carteira do investidor
  • Profissionais de mercado listam investimentos para quem tem pouco dinheiro
  • Opções para investir no setor incluem produtos de renda fixa e de Bolsa

O agronegócio é destaque na economia e no mercado. Enquanto setores de indústria, comércio e serviços apresentam números negativos por causa da crise econômica provocada pelo novo coronavírus, a agricultura e a pecuária seguem crescendo. Na Bolsa, enquanto o Ibovespa passou um ano inteiro para recuperar as perdas registradas no primeiro trimestre de 2020, algumas ações de empresas ligadas ao campo sustentam ganhos de até 67%.

Segundo profissionais de mercado, os números do agronegócio mostram que os investidores devem olhar para esse setor na hora de diversificar suas aplicações. E para entrar no campo não precisa ter capital de um rei do gado ou patrimônio de um magnata da soja. Há diversas opções no mercado que permitem investir em produtos ligados ao agronegócio com apenas R$ 1!

Na hora de diversificar a carteira, investimentos ligados ao agronegócio devem estar no radar por causa da competitividade que o Brasil tem nessa área. A gente teve um ano de 2020 muito bom para o agro, e isso atraiu o interesse de muitos investidores para o setor.
Bianca Moura, coordenadora da mesa de Agro da Terra Investimentos

Para profissionais de mercado, o consumo de alimentos no mundo vai continuar beneficiando os produtores de grãos e carnes, áreas em que o Brasil tem destaque. Veja abaixo opções para investir no agronegócio com pouco dinheiro.

Renda fixa

A pessoa pode aplicar em títulos de renda fixa que têm relação com o agronegócio.

LCA: As Letras de Crédito do Agronegócio são títulos emitidos por bancos. Esses títulos são relacionados a empréstimos para produtores rurais. De certa forma, é como se o investidor estivesse emprestando a um empresário do campo, mas com o banco como garantidor da operação. Se o banco quebrar, o investidor pode recorrer ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que cobre investimentos de até R$ 250 mil.

Dá para aplicar a partir de R$ 1. O rendimento é baixinho, parecido com o da taxa básica de juros, de 2% ao ano. Mas o risco é baixíssimo. E não paga Imposto de Renda.

CRA: Os Certificados de Recebíveis Agrícolas também são títulos de renda fixa que financiam projetos no agronegócio. A aplicação inicial nesses papéis costuma ser mais alta, acima de R$ 100, e eles não contam com o FGC. Por isso, apresentam mais risco que as LCAs, mas também taxas de retorno mais elevadas. Os CRAs também são isentos de IR.

Renda variável

Outra forma para começar a colocar uma parte do dinheiro no agronegócio é comprando ações de empresas do setor. Há opções que estão rendendo mais que o Ibovespa.

O Brasil é um grande exportador e deve se beneficiar da demanda global.
Felipe Coelho, sócio e integrante da mesa de renda variável da Inove Investimentos

Ações: O lote padrão para comprar ações na Bolsa é de cem papéis para cada operação, o que pode encarecer a aplicação inicial para quem tem pouco dinheiro. Mas existe a opção de investir usando o mercado fracionário, em que o investidor pode adquirir apenas uma ação por vez.

Assim, com menos de R$ 10, o investidor pode começar a aplicar em empresas como a Biosev, do setor de açúcar e álcool, a Fertilizantes Heringer, ou na produtora de carnes Marfrig.

Para comprar os papéis, é preciso abrir conta em corretora. Essa aplicação paga impostos.

Fundos de investimento: Para quem não quer pesquisar as empresas e não sabe como escolher os papéis, há fundos de investimentos em ações que focam em empresas do agronegócio. O trabalho de seleção das empresas fica com o gestor, que por isso vai cobrar uma taxa de administração e, dependendo do caso, uma taxa de performance sobre os ganhos. Há ainda o custo do IR. Aplicações começam com R$ 100.

Fundos Imobiliários: Alguns gestores de recursos lançaram fundos imobiliários que aplicam recursos em propriedades e projetos do agronegócio. A carteira funciona como um fundo de imóveis, em que o aplicador tem participação em um percentual do rendimento gerado pela propriedade agrícola. A aplicação inicial é mais alta, acima de R$ 1.000.

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