Até que ponto a taxa básica de juros e o aumento da inflação podem mexer diretamente nos seus investimentos? A questão foi abordada no Papo com Especialista da última quarta-feira (12).
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial no país, desacelerou para 0,31% em abril, mas acumula alta de 2,37% no ano e de 6,76% em 12 meses. Já a taxa básica de juros, a Selic, passou de 2,75% para 3,5% ao ano. Como esses números refletem no seu dia a dia, e nos seus investimentos? Assista ao vídeo abaixo para saber.
Além da análise, o economista César Esperandio também respondeu a perguntas sobre finanças e investimentos.
O Papo com Especialista é o programa semanal ao vivo do UOL Economia+ e é transmitido sempre às quartas-feiras, das 12h30 às 13h30, na página inicial do UOL e do UOL Economia+. O vídeo é exclusivo para assinantes.
Taxa Selic é ferramenta para conter a inflação
O economista César Esperandio diz que o primeiro reflexo da alta dos preços, seja você investidor ou não, é que o dinheiro que você tem na mão passa a valer menos. "O que você comprava com R$ 100 ontem já não compra hoje. E isso é um problemaço", afirmou. A alta de preços é algo natural, diz ele, mas desde que em "níveis comedidos".
Esperandio explica que a taxa Selic é uma ferramenta do Banco Central para controlar a inflação. "A Selic não serve apenas para dar norte de quanto o Tesouro Selic vai pagar de juros para você. Ela acaba determinando também a taxa de juros de tudo na economia, como tomar crédito, contratar um financiamento etc.", afirmou.
Segundo ele, quando a Selic sobe, as taxas de juros de vários produtos financeiros da economia tendem a aumentar também. Ou seja, várias formas de crédito ficam mais caras.
"Quando a Selic sobe, as pessoas tendem a consumir menos crédito. Os que têm dinheiro sobrando pensam duas vezes antes de gastar e preferem investir porque os juros estão maiores. Então, isso desaquece a economia e tende a controlar a inflação", afirmou.
Juros devem continuar subindo
O economista explicou que o Banco Central já direcionou para onde devem ir os juros básicos da economia até o final do ano: continuar subindo.
"O Banco Central avisou que, se nada acontecer de diferente do esperado, a taxa Selic vai subir para 4,25% ao ano já na próxima reunião —seria a terceira alta de 0,75 pontos percentuais na taxa Selic. O mercado está apostando que a taxa, provavelmente, subiria de novo para chegar entre 5% e 6% até o final do ano", disse.
Qual o reflexo disso?
A rentabilidade de todos os títulos de renda fixa (CDB, LCI, LCA, LC, RDB, debêntures) tende a acompanhar essa alta da Selic e subir.
Segundo ele, normalmente os títulos de renda fixa privados acrescentam um prêmio (juros) de rentabilidade adicional pelo incremento de risco, que também sobe para investimentos com prazos de resgate mais longos.
Esperandio disse, no entanto, que essa tendência de alta na Selic não significa necessariamente que as ações vão cair. "Mas, muito provavelmente e pouco a pouco, pode haver um movimento de retorno dos investimentos da renda variável para a renda fixa", afirmou.
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