Crise política é oportunidade de comprar barato na Bolsa, diz especialista
Para quem quer investir ou está começando agora a cuidar do próprio dinheiro, incertezas trazidas pela CPI da Covid, cenários projetados para as eleições de 2022, crise de energia e indicadores econômicos podem levantar mais perguntas do que respostas entre os pequenos investidores.
Diante de tanta informação, não são raros os casos de quem paralisa, e deixa de investir à espera de definições nos cenários econômico e político. Mas essa espera pode mais prejudicar que beneficiar quem tem dinheiro para investir, avalia Fabio Macedo, diretor comercial da Easynvest by Nubank, uma das maiores corretoras do país, com 1,6 milhão de clientes e R$ 25 bilhões em custódia.
A crise política é uma oportunidade para comprar barato [na Bolsa], mas depende muito do objetivo e se você está fiel a ele. Você vai enfrentar desafios --vide março de 2020, quando a Bolsa caiu.
Fabio Macedo
Desde março do ano passado, quando a pandemia paralisou o mundo, a Bolsa brasileira chegou a cair para 68.000 pontos. Pouco mais de um ano depois, a B3 já superou os 130.000 pontos.
Macedo já viu muitos desses ciclos acontecerem. Engenheiro, pós-graduado em finanças e banking, Macedo atuou em grandes instituições financeiras antes mesmo de as plataformas e corretoras online ganharem espaço no mercado.
A crise política obviamente impacta a percepção de todos os investidores, mas independentemente de crise política, eleição e racionamento de água e energia, o mundo vai sempre viver ciclos, altas e baixas. Ao invés de olhar os pequenos eventos, é fundamental que o pequeno investidor estabeleça um planejamento.
Macedo afirma que para quem acha que a crise vai perdurar, talvez o ideal seja não assumir tanto risco, mas não deixar de investir.
Hábitos dos investidores
Macedo é um dos convidados para o Guia do Investidor UOL, série de eventos quinzenais e gratuitos do UOL Economia+ para quem quer começar a investir. A série funciona como uma trilha de conhecimento, que passa por temas como comportamento, investimentos básicos para iniciantes a investimentos mais arrojados, como ações, fundos multimercado e até criptomoedas.
Macedo estará ao lado de Tito Gusmão, fundador e CEO da Warren, uma das maiores gestoras digitais de investimentos do país, para debater os hábitos que todo investidor precisa ter para investir melhor.
Esse encontro do Guia do Investidor UOL acontecerá no dia 22 de junho, às 11h, nas páginas do UOL, UOL Economia e UOL Economia+. Para assistir, basta fazer o cadastro abaixo gratuito. O evento será aberto para todos os leitores no dia da transmissão e, depois, ficará disponível apenas para os assinantes de UOL Economia+. Os assinantes já têm acesso ao primeiro evento do Guia.
Mercado facilita acesso ao mundo dos investimentos
Se de um lado os cenários político e econômico geram dúvidas entre os pequenos investidores, de outro o mercado facilita o acesso a ativos que antes estavam disponíveis apenas àqueles com muito dinheiro.
Na Easynvest desde 2013, Macedo viu de perto mudanças acontecerem nesse mercado, com grandes bancos correndo para acompanhar as inovações trazidas pelas fintechs, empresas do setor financeiro que têm na tecnologia a base de seus negócios.
"O mundo das finanças, assim como a cultura de investimento e os objetivos dos investidores são cíclicos. Ao longo desses últimos anos a gente percebeu que não é que os bancos estivessem errados --eles trabalhavam com o que tinham. Você não tinha a tecnologia, e o formato de atuação era um formato em que você tratava todo mundo de forma única", afirma Macedo.
As necessidades e dores dos investidores também mudaram, diz o especialista. Há nove anos, os pequenos investidores não sabiam como comprar na Bolsa, não entendiam como funcionava e tinham acesso a poucos investimentos, diz Macedo.
"Agora, com mais opções, uma das principais dores [dos investidores] é saber o que comprar, de acordo com seu objetivo", afirma.
Para o especialista, facilitar a vida dos investidores é um passo importante para ajudá-los a manter o ritmo de investimentos, principalmente diante desse cenário, que pode paralisar muitos deles.
Macedo afirma, contudo, que o desafio no Brasil é ainda maior: o de criar uma cultura de investimentos.
É uma questão de comportamento. Da mesma forma que a gente tem um hábito de caminhar, o investimento é um hábito que você cria e desenvolve.
No evento do Guia do Investidor UOL, Macedo e Tito Gusmão vão mostrar como criar esse hábito, e quais são os hábitos que você precisa ter para ser um bom investidor.
Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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