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ANÁLISE

Notre Dame Intermédica e Grupo Pão de Açúcar: 2 empresas que buscam crescer

Felipe Bevilacqua

15/06/2021 08h44

No Investigando o Mercado de hoje vamos conversar sobre a compra de um hospital pequeno na cidade de Maringá (PR) pela Notre Dame Intermédica, transação que consolida sua participação na região do norte do Paraná, e sobre a possibilidade do GPA (PCAR3) realizar cisão de sua operação na Colômbia, o Éxito, na tentativa de destravar valor para seus acionistas.

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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.

Notre Dame Intermédica: aquisição consolida participação no norte do Paraná

A Notre Dame Intermédica (GNDI3) anunciou ontem (14), por meio de fato relevante, a aquisição de um hospital em Maringá (PR).

O Hospital Maringá foi adquirido por R$ 92 milhões pagos em três parcelas: uma à vista, outra num prazo de dois anos e a terceira retida para retirada após seis anos. O hospital é um dos mais tradicionais da região, com 81 leitos (12 UTIs), sete consultórios e seis salas cirúrgicas.

Com receita líquida próxima de R$ 43 milhões, a operação agrega pouco valor quando comparada ao tamanho da GNDI. Ela consolida, porém, a participação do grupo no Norte do Paraná. Em outubro de 2020, o GNDI havia adquirido hospital relevante em Londrina (PR), em mais um passo na estratégia da empresa de aumentar sua participação na região Sul do país.

A aquisição não deve interferir na fusão com a Hapvida, pois nenhuma das duas empresas tem participação relevante no Paraná ou na região sul.

Grupo Pão de Açúcar: cisão do Éxito?

Ontem (14) circulou notícia de que o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) estuda a cisão da operação do grupo Éxito, o braço de varejo alimentar da companhia com atuação principalmente no mercado colombiano.

A estrutura da operação seria parecida à da cisão do Assaí (ASAI3) e teria como principal atrativo destravar valor para os acionistas da companhia. Após a listagem, os atuais acionistas receberiam sua participação na companhia com o mercado fazendo a precificação. A diferença em relação à operação com o Assaí é que o Éxito é listado na Colômbia, então seria necessária a criação de BDRs para que os atuais acionistas do GPA possam receber sua participação.

Hoje, o valor de mercado do Éxito, bastante questionável devido à baixa liquidez, é de aproximadamente US$ 1,5 bilhão. Muito próximo do valor do Grupo Pão de Açúcar na B3. A intenção da transação é melhorar a percepção de valor de ambas as companhias e destravar valor para os acionistas.

É importante lembrar que o GPA ainda tem participação de 34% na Cnova, empresa de e-commerce listada na França, que vale aproximadamente R$ 7 bilhões e que também tem na mesa uma operação para melhor precificação, com a intenção de gerar valor para os atuais acionistas.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.