Investir na Bolsa é perigoso? Veja se há risco ao pôr seu dinheiro em ações
Muitos investidores, principalmente os iniciantes, têm medo de investir na Bolsa de Valores brasileira (B3) e perder dinheiro com as ações. Mas será mesmo que esse temor procede? No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, o economista César Esperandio responde a essa dúvida.
Leia a explicação dele e assista abaixo ao trecho do programa. O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido quinzenalmente, às quintas-feiras, das 15h às 16h.
Valorização de uma ação não é rentabilidade
Na renda fixa, diz Esperandio, há previsibilidade da rentabilidade.
"Seja em título prefixado, pós-fixado, atrelado à inflação, você tem uma ideia de quanto vai receber na data de vencimento. Em ações, você não sabe se terá uma rentabilidade", afirma ele, que também é do canal Econoweek.
Segundo o economista, muitas pessoas se enganam por achar que a rentabilidade de uma ação é a sua valorização —comprou por R$ 10 e ela está valendo R$ 20.
"Mas não é isso. A rentabilidade não é essa diferença de preço da ação. Isso é a precificação do ativo", declara.
O economista diz que na renda variável a rentabilidade de uma ação é a distribuição de resultados.
"Quando você compra uma ação, você se torna sócio daquela empresa. E essa empresa distribui, de tempos em tempos, parte do lucro, se ela tiver tido lucro, a seus acionistas", afirma.
No Brasil, tipicamente, a distribuição de lucro ocorre a cada três meses, junto com a divulgação de resultados. "Então, por isso, a rentabilidade de uma ação não é previsível", declara.
É perigoso ou arriscado investir em ações?
Esperandio diz que investir em ações pode trazer alguns riscos:
- A ação é um ativo que não tem proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos);
- A empresa pode falir e, eventualmente, você perder o seu dinheiro;
- A empresa pode não distribuir lucro --ou, ao contrário, valorizar tanto e distribuir rendimentos que podem ser muito maiores que a rentabilidade da renda fixa
Não é perigoso. Você só tem que saber onde está investindo. Para isso, você deve fazer uma análise fundamentalista bacana, entendendo quais são os resultados contábeis e financeiros da empresa nos últimos tempos e as projeções para os períodos seguintes, em qual mercado a empresa está inserida, e assim por diante. É um pouquinho mais complexo do que na renda fixa.
Por isso, diz o economista, é recomendado o investidor começar pela renda fixa, ir se familiarizando com o mundo dos investimentos, para depois chegar à renda variável.
"Acho que o primeiro passo do investidor iniciante deve ser começar pela renda fixa, preferencialmente montando a sua reserva de emergência aplicando em Tesouro Selic ou em CBDs, LCIs e LCAs de liquidez imediata", afirma.
Papo com Especialista é quinzenal
O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, quinzenalmente, das 15h às 16h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e no UOL Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.
Você pode enviar perguntas ao Papo pelo e-mail uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.
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