Ações do Credit Suisse e do SVB no Brasil caíram mais de 70% com crise
As crises do Silicon Valley Bank (SVB), do Signature Bank e do Credit Suisse também deram prejuízo para os investidores no Brasil. Esses bancos têm ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira por meio de BDRs.
O que está acontecendo?
- Quem comprou recibos de ações perdeu. Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) desses bancos são negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3.
- Os BDRs do SVB (S1IV34) caíram 82,09% nos últimos 12 meses. Neste ano, caíram 61,03% até o dia 10 de março, segundo um levantamento feito pela Quantum Finance, empresa de informações para o mercado financeiro. Depois desse dia, não houve mais negociações com o recibo. O banco americano teve falência decretada no dia 11 de março.
- O BDR do Credit Suisse (C1SU34) caiu 72,92% até 27 de março. O levantamento é da plataforma TradeMap. Vindo de uma crise que já dura dois anos, o Credit foi comprado pelo rival UBS.
- O Ibovespa caiu 9,17% no ano e 14,56% em 12 meses.
Investimento é baixo
- Mas poucos investiram nesses papéis. O recibo do SVB teve só 218 negociações até 10 de março, segundo a Quantum. No caso do Signature Bank (SBNY34) houve apenas 25 negócios com o recibo na Bolsa brasileira no acumulado de 2023 até 10 de março. Depois disso, não foi mais negociado. O volume, segundo o TradeMap, foi tão baixo que não gerou variação.
- Tanto pessoas físicas quanto fundos de investimentos aplicam dinheiro em BDRs. No caso desses bancos, a ideia era investir em bancos americanos e suíços. O Credit já foi um banco de US$ 2 trilhões. "Para quem não acompanhava as notícias parecia ser um banco seguro, ainda mais por ser da Suíça", diz Vinicius Romano, analista da Suno Research.
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