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Centrais sindicais descartam greve geral nesta semana

Wellington Ramalhoso

Do UOL, em São Paulo

27/05/2018 19h20Atualizada em 28/05/2018 10h35

A CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a UGT (União Geral dos Trabalhadores) descartam a possibilidade de realização de uma greve geral no país nesta semana. “A ideia não é agravar com mais ingredientes de paralisação. A UGT não vai participar de greve geral. Não é caminho, não. Queremos ser protagonistas de uma solução”, afirmou o presidente Ricardo Patah.

Ele espera participar de um encontro com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, nesta semana para ajudar a negociar uma solução para o movimento dos caminhoneiros.

Em boatos que circulam no WhatsApp e nas redes sociais, a greve de 72 horas que os petroleiros realizarão a partir de quarta-feira (30) foi lida como uma convocatória para uma suposta paralisação geral.

A CUT, central à qual a FUP (Federação Única dos Petroleiros) é filiada, lembra, porém, que os petroleiros vêm fazendo atos de protesto desde abril, que a greve já estava planejada e não teria ligação com a paralisação dos caminhoneiros.

A FUP convocou para esta segunda-feira (28) um dia de mobilização em todas as unidades da Petrobras no país. A ideia é que os petroleiros não assumam seus postos no turno da manhã, informou o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel. De acordo com ele, mobilizações do tipo já foram feitas neste domingo (27) em seis refinarias e duas fábricas de fertilizantes.

Segundo o líder sindical, essas mobilizações funcionam como um "esquenta" da paralisação que começará na quarta. A federação reivindica a demissão do presidente da companhia, Pedro Parente, a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis, o fim da importação de derivados de petróleo e a desmobilização do programa de venda de ativos promovido pela atual gestão da estatal.

CSB e CSP-Conlutas incentivam greves

A CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros) adotou, porém, outra linha e orientou os sindicatos filiados a ela a decretar greves. A central está estimulando os sindicatos a aderir à paralisação em solidariedade ao movimento dos caminhoneiros. “Várias entidades já paralisaram, e, a depender da central, haverá recrudescimento”, afirmou a central por meio de nota. A CSP-Conlutas também defende a greve geral.

A paralisação dos caminhoneiros entrou no oitavo dia nesta segunda-feira, apesar do anúncio do governo para atender as principais demandas da categoria.

Na cidade de São Paulo, está prevista para esta segunda uma paralisação de motoristas de vans escolares. A previsão dos organizadores é que mil veículos participem do protesto. (Com Estadão Conteúdo)

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