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Agência regula delivery de combustíveis e acaba com preços com 3 decimais

Preços por litro nos postos deverão ser apresentados em duas casas decimais, e não mais em três, como é hoje - Denny Cesare/Código 19/Estadão Conteúdo
Preços por litro nos postos deverão ser apresentados em duas casas decimais, e não mais em três, como é hoje Imagem: Denny Cesare/Código 19/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

04/11/2021 15h56Atualizada em 04/11/2021 17h15

A diretoria da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou hoje uma série de alterações no setor de comercialização de combustíveis automotivos.

Agora, a atividade de delivery de combustíveis poderá ser exercida por postos autorizados pela ANP a exercerem a atividade. Por ora, apenas o etanol e a gasolina C poderão ser comercializadas na modalidade.

Outra mudança diz respeito a como os preços por litro são mostrados aos consumidores, com a ANP exigindo que os postos passem a expressar os valores de todos os combustíveis automotivos em duas casas decimais, e não três, como ocorre hoje.

Segundo a agência, a mudança visa facilitar "o entendimento dos consumidores" sobre os preços. A obrigatoriedade, porém, só passará a valer 180 dias (6 meses) após a publicação no DOU (Diário Oficial da União) da resolução detalhando a alteração dessa e outras práticas.

A agência também determinou que, em cada bomba, os postos deverão informar, "de forma destacada e de fácil visualização", o CNPJ e a razão social/nome fantasia do distribuidor que fornece o respectivo combustível comercializado.

A questão, porém, já havia sido regulada por decreto pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em meados de setembro — mas a medida presidencial foi tomada apenas para antecipar o regramento, que já estava sendo trabalhado pela ANP.

Em nota, a agência disse que as mudanças visam "aumentar a eficiência no mercado de combustíveis no Brasil" e são frutos de discussões públicas que estão sendo feitas desde a greve dos caminhoneiros de 2018.

As alterações nos regramentos do mercado chegam também em um momento de paralisações de caminhoneiros — embora mais fracas do que a ocorrida em 2018 —, que protestam contra a política de preços da Petrobras e a alta no preço do diesel, que reduz os lucros da categoria.

E não só o diesel está em alta. Entre a penúltima e a última semana de outubro, o preço médio do litro do etanol saiu de R$ 4,87 para R$ 5,06 — subiu 3,92% —, e o da gasolina chegou a R$ 6,56 — alta de 3,1% no intervalo —, segundo dados da ANP.