Mídia e Marketing #81: Marcelo Suárez, diretor de marketing da BRF
Renato Pezzotti
Colaboração para o UOL, em São Paulo
20/04/2021 04h01
A confiança é o maior patrimônio de uma marca. Por isso, as empresas precisam inovar o tempo todo, sempre pensando em seu compromisso social e levando a 'verdade' para dentro das casas dos consumidores.
Este é o tom do papo com Marcelo Suárez, diretor de marketing da BRF (dona das marcas Sadia e Perdigão) e entrevistado desta semana do podcast Mídia e Marketing, publicado hoje (20) - veja o vídeo completo acima.
Para Suárez, a pandemia causada pela covid-19 continua sendo um desafio gigante para a empresa. "90% dos lares do Brasil têm algum produto da nossa marca. Precisamos assumir um compromisso público que não teríamos nenhum problema com abastecimento durante este tempo todo", afirma o executivo (no arquivo acima, este trecho está a partir de 2:01).
Ele também fala sobre o lançamento de um hub de conteúdo, que já possui cerca de 900 receitas com as marcas da empresa.
"O consumidor foi obrigado a fazer as pazes com o fogão. Uma parcela importante da população teve que voltar a cozinhar em casa, às vezes sem ter repertório suficiente. Isso [o hub de conteúdo] nasceu de um processo de escuta contínuo do consumidor e da obrigação de apoiar os nossos consumidores", diz (a partir de 6:19).
"Aceleramos vários projetos de inovação. A necessidade de praticidade resultou em vários lançamentos, o que nos levou a falar com novos públicos", diz Marcelo (a partir de 10:10). A BRF lançou pouco mais de 120 itens de venda em 2020, com produtos para restaurantes e para o consumidor final.
O executivo, que tem passagens por empresas como Ambev, Carrefour e Philips Morris, também fala sobre os desafios que a publicidade tem enfrentado em busca da atenção do consumidor com uma mídia muito mais fragmentada.
"Quando você consegue fazer um recorte verdadeiro de coisas que emocionam, a publicidade é mágica. As pessoas precisam reconhecer suas verdades na publicidade", diz (a partir de 23:38).
Para Marcelo, ainda, ouvir o consumidor é fundamental. "Nunca se teve tanta liberdade de expressão por parte do consumidor. Vemos campanhas globais que, às vezes, são retiradas do ar porque geraram algum ruído de comunicação. Temos que aprender a conviver com a polarização: ela é inevitável, e isso é resultado de uma conquista, da gente poder falar o que a gente pensa", afirma (a partir de 29:44).
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