Mídia e Marketing #119: Paula Harraca, diretora de estratégia e inovação da ArcelorMittal
Renato Pezzotti
Colaboração para o UOL, em São Paulo
07/02/2022 16h11
Por que uma empresa de aço tem uma diretoria focada no futuro? E como é liderar inovação numa empresa com 190 mil funcionários, sendo mais de 15 mil deles no Brasil?
O programa Mídia e Marketing desta semana recebe Paula Harraca, diretora de Estratégia, Inovação e Transformação do Negócio da ArcelorMittal. Na empresa, seu cargo é definido como uma "diretoria do futuro" —veja, acima, a entrevista na íntegra.
"Inovação aberta é um esporte coletivo. Não existe inovação aberta se as pessoas não abrem a cabeça. É mais difícil desaprender do que reaprender", afirma a executiva, que comanda o Açolab, hub de inovação aberta da multinacional (a partir de 6:25).
"Começamos com uma equipe pequena, de apenas 8 pessoas. Mas inovação não acontece de forma centralizada. Hoje, abrimos nossos problemas para outras empresas, startups e colaboradores. Temos conexões com professores, por exemplo. Atualmente, temos ligações com 12 mil startups e centros de inovação. Compartilhar o conhecimento tem muito mais ganhos do que riscos", declara (a partir de 11:14).
Lições do esporte
Nascida na Argentina, Paula começou sua carreira há duas décadas na ArcelorMittal. Nesse tempo, já passou por países como Trinidad Tobago, Canadá e Espanha. De lá, veio para o Brasil. A executiva chegou a atuar nas categorias de base da seleção argentina de hóquei na grama e faz um paralelo entre esporte e liderança.
"Aprendi disciplina e determinação na busca dos objetivos. Mas o fundamental é que o esporte me ensinou a perder, também. Além disso, ser goleiro é muito parecido com o RH das empresas: quando você faz tudo certo, ninguém percebe. Mas quando você erra, todo mundo vê", declara (a partir de 22:31).
Atual presidente da Fundação ArcelorMittal, Paula também fala sobre a atuação da empresa em marketing esportivo, na formação de jovens e sobre o investimento em criadores de conteúdo.
"São nos momentos de crise que aparecem os valores da empresa. Não adianta compartilhar conteúdos que não são verdade. Precisamos de essência, consistência e aderência", diz (a partir de 31:14).
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