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Fundos de investimentos são opção para quem está começando a investir?

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/08/2021 04h00

Os ETFs (fundos de índice) e os fundos imobiliários estão ficando cada vez mais populares entre os investidores, principalmente os iniciantes. Começar a investir com eles é uma boa estratégia? No Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL, o economista César Esperandio disse que o primeiro passo para os iniciantes não é a Bolsa.

"Se você nunca investiu, eu não recomendo que ETFs e fundos imobiliários sejam os primeiros passos", declarou. Veja abaixo por que o especialista não recomenda esses investimentos como primeiro passo, e veja por onde começar. O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido toda quinta-feira, às 15h.

Reserva de emergência é o primeiro passo

"Sair da poupança, ir para títulos do Tesouro Selic ou da renda fixa privada, como CDB. Montar a sua reserva de emergência é o primeiro passo", afirmou Esperandio, que também é do canal Econoweek.

Depois disso, segundo o economista, é diversificar em renda fixa, podendo permanecer mais tempo com o dinheiro investido.

"A rentabilidade de títulos de renda fixa que não têm liquidez imediata tende a ser maior. Isso porque você se compromete a deixar o seu dinheiro lá por um período mais longo", disse.

A diversificação pode ser feita com títulos prefixados, pós-fixados, atrelados ao IPCA, títulos híbridos, entre outros. Para o economista, o investidor pode dar o próximo passo, em renda variável —com ações e fundos —só depois de ter uma boa experiência com renda fixa.

E em que hora partir para a renda variável?

Para Esperandio, não é porque você já diversificou na renda fixa que a estratégia é tirar tudo de lá e investir na Bolsa.

"Não, não é por aí. A estratégia é deixar na renda fixa o que já está investido e começar com novos investimentos na renda variável", disse.

Para ele, é importante o investidor entender a lógica da renda fixa e da renda variável.

  • Renda fixa: na prática, você está emprestando dinheiro para a outra parte. "Em vez de você pegar dinheiro emprestado e pagar juros, na renda fixa você empresta dinheiro e recebe juros por isso", disse.
  • Renda variável: é outra lógica. "Você não está emprestando dinheiro para ninguém. Está se tornando sócio de alguma coisa", afirmou.

FII: primeiro passo na renda variável

O economista disse que os fundos imobiliários costumam ser o primeiro passo do investidor brasileiro que começa a aplicar em renda variável. "Nesses fundos, você compra um pedacinho na sociedade de vários imóveis diferentes", afirmou.

Os fundos imobiliários estão caindo nas graças dos brasileiros porque são ativos "muito palpáveis": investimentos em imóveis. "Costuma ser o primeiro passo por causa dessa familiaridade do brasileiro [com imóveis]", afirmou Esperandio.

Segundo ele, é possível investir em fundos imobiliários a partir de R$ 50, em média.

ETFs replicam a "carteira" de algum índice da Bolsa

ETFs (Exchange Traded Funds) são uma espécie de fundos de investimentos que replicam algum índice da Bolsa, como o Ibovespa (que representa a oscilação das principais ações listadas na Bolsa brasileira).

"Só que o Ibovespa é um índice, hipotético. É um belo termômetro do mercado financeiro. Se você quiser investir nisso, tem as ETFs que replicam a mesma carteira, teórica, do Ibovespa", afirmou.

Também é possível investir um valor baixo em ETFs.

Vale investir pouco?

Para o economista, é melhor investir pouco do que não investir. "Se você não investe, já está perdendo a rentabilidade", declarou. Então, diz ele, vale investir um valor pequeno.

"Mas saiba que o ganho não vai ser astronômico. A rentabilidade é medida em percentual. Então, se você investiu R$ 100 e ganhou 10%, esses 10% significam R$ 10. Seus R$ 100 viraram R$ 110. Se tivesse R$ 1.000, esses 10% seriam R$ 100. Você tinha R$ 1.000, agora tem R$ 1.100, e assim por diante", disse.

Papo com Especialista é toda quinta-feira

O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, das 15h às 16h, na página inicial do UOL e do UOL e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.

Você pode enviar perguntas ao Papo pelo e-mail uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.

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