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Entenda suas emoções para investir melhor seu dinheiro

Não adianta só entender como funciona cada tipo de investimento. Para investir bem, você precisa entender o seu perfil e como suas emoções podem ajudar ou atrapalhar nas escolhas que você faz com seu dinheiro.

"No momento de fazer escolhas dos investimentos, não são só questões racionais que interferem. Não são só os números. Há outras questões envolvidas. Há as nossas emoções, há a forma de perceber as informações", afirma a planejadora financeira Keylla Santos, no Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL.

Essa matéria é o primeiro aulão da série sobre o universo das finanças comportamentais, para ajudar os investidores a usar as emoções a seu favor e tomar decisões mais inteligentes e rentáveis. Leia abaixo a análise da planejadora financeira e assista ao programa completo de 9 de novembro. Serão três lives ao vivo, e assinantes podem rever as aulas quantas vezes quiserem.

Assista ao aulão no Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, todas as quintas-feiras, das 16h às 16h40. Assine aqui e participe!

A última série do Papo com Especialista foi sobre como sair das dívidas para começar a investir. Para saber mais, acesse "Depois de sair das dívidas, como investir para realizar seus sonhos?".

Influências e erros na hora de tomar decisões

É preciso analisar uma série de questões para conseguir selecionar as opções que melhor atendem ao seu perfil como investidor e o seu projeto para o dinheiro (reserva de emergência, compra da casa, viagens, aposentadoria, etc.). Os três principais são: prazo do ativo, risco envolvido e rentabilidade.

São questões diretas, mas isso não para por aí. A gente precisa também olhar para outras questões que vão além dos números. No nosso processo de escolha, a gente passa por um caminho mental para tomar decisões, diz Keylla.

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Segundo ela, muitos estudos científicos identificaram que nesse caminho mental as pessoas sofrem influências e cometem erros. As influências são chamadas de heurísticas, e os erros de vieses.

O que são heurísticas e vieses?

Heurísticas: São as regrinhas de bolso, de selecionar as informações para cortar caminho e tomar a decisão mais rápida. "No momento de decisão, a gente sempre escolhe a mesma rota", diz ela.

Vieses: São os erros de percepção. Segundo ela, muitas vezes, as heurísticas te levam aos vieses, aos erros na escolha. "É quando você acaba tomando uma decisão ruim ou uma decisão que não vai dar o resultado que gostaria", diz.

Por exemplo: quando você seleciona um investimento simplesmente porque está todo mundo investindo nessa opção, sem analisar todos os parâmetros. "Isso é uma forma de 'cortar caminho'. O fato de você ter cortado o caminho pode ser chamado de heurística. Isso tem chance muito grande de te levar ao erro, aos vieses", diz Keylla.

Quando estamos selecionando os investimentos, estamos pensando em construir patrimônio para os nossos projetos mais preciosos. Ou é para a reserva de emergência ou para a aquisição de algum bem ou é para planejar a aposentadoria.
Keylla Santos, planejadora financeira

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E o planejamento para a aposentadoria é o momento em que a gente planta hoje para colher lá na frente. Então, é importante que as decisões que a gente toma agora sejam decisões inteligentes, porque lá na frente a gente vai colher o resultado disso.

Como escolhemos os investimentos

Olhar o tripé: prazo do ativo (quando o dinheiro poderá ser resgatado), risco envolvido (risco de crédito, risco de mercado, etc.) e rentabilidade (para saber qual o retorno do seu dinheiro).

Esses são os três passos mais comuns. É o que a gente costuma olhar com mais frequência. O que proponho é você conseguir olhar essa seleção de ativos de uma maneira mais macro, ou seja, como percorrer o passo a passo para selecionar os ativos [para a sua carteira de investimentos], afirma Keylla Santos

São 4 passos na hora de selecionar os investimentos:

1) Selecionar informações.

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2) Analisar as informações que você tem na mão.

3) Fazer as escolhas.

4) Acompanhar os resultados (gestão de carteira).

Erros comuns. Segundo Keylla, alguns erros (vieses) na hora de selecionar os investimentos são bem comuns, como "escolher um investimento só por ouvir falar muito sobre ele" ou "investir em uma opção só porque está todo mundo investindo nela", entre outros.

Heurística e vieses na etapa seleção da informação

1) Disponibilidade: É quando você toma as decisões pela facilidade de se lembrar da informação ou pela frequência que a informação aparece para você.

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Por exemplo: Você entra na sua corretora para escolher um fundo de investimento e já seleciona o primeiro fundo conhecido que aparece, ou que já ouviu falar ou que te chamou mais a atenção. "Você tem uma tendência de priorizar esse fundo, em detrimento dos outros, simplesmente porque ele está mais saliente, porque chamou mais a sua atenção", diz ela.

2) Framing effects ou efeito de enquadramento: São os recortes da informação, ou seja, como as informações são apresentadas.

Por exemplo: Você escolhe um fundo de investimento apenas pelo recorte da performance positiva deste fundo em um certo período. "O framing é como as informações são apresentadas. Elas podem ser apresentadas com recortes ou de uma maneira mais interessante para a instituição. Por isso, é importante ser tão criterioso e questionar: 'O que ficou de fora?' Nem sempre as informações apresentadas ali foram selecionadas para atender às nossas necessidades", diz Keylla.

3) Percepção seletiva: quando você só enxerga aquilo que reforça as suas expectativas, só busca informações que te agradam. "Nós temos a tendência de perceber só as informações que, de uma certa forma, são coerentes com o resultado que a gente quer ter", diz ela.

Por exemplo: na hora de selecionar uma ação, você analisa o resultado financeiro da empresa, a possibilidade de crescimento de longo prazo, etc. "Mas você já está apegado com aquela empresa, quer tanto que aquele investimento dê lucro, que pode acabar tendo uma percepção seletiva e olhar os números que melhor te agradam ou os números que contam a melhor história", afirma.

4) Correlação ilusória: É a tendência de selecionar variáveis inadequadas para colaborar com a explicação, a causa de determinado resultado.

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Por exemplo: a ação teve resultado negativo por seis meses, mas depois viu uma recuperação. Daí, você cria uma narrativa e faz uma correlação: 'Se no passado foi assim, caiu por seis meses e depois começou a subir, eu acredito que vai acontecer isso de novo, e provavelmente essa ação vai se recuperar'.

"Essa análise foi feita sem dados. Criou-se uma correlação sem dados de comprovação", afirma Keylla.

No momento de fazer escolhas dos investimentos, não são só questões racionais que interferem. Não são só os números. Há outras questões envolvidas. Há as nossas emoções, há a forma de perceber as informações. É por isso que é importante ficar bem atento, para não cair nas heurísticas e nos vieses.
Keylla Santos, planejadora financeira

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Aulão: De endividado a investidor: como sair das dívidas e ter mais dinheiro

Dívidas são um dos principais obstáculos para quem quer organizar sua vida financeira. Pensando nisso, o UOL preparou um aulão para quem quer se livrar das dívidas para sempre e ter mais dinheiro para investir e realizar seus sonhos.

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Qual a melhor estratégia para se livrar das dívidas? Dá para começar a investir mesmo endividado? E qual é o melhor investimento para iniciantes? Todas essas perguntas serão respondidas em uma série de três lives.

A primeira live traz o passo a passo para se livrar das dívidas. A segunda live mostra onde e como começar a investir mesmo estando endividado, e a terceira fala sobre como investir para realizar seus sonhos, após sair das dívidas.

Assista ao aulão no Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, todas as quintas-feiras, das 16h às 16h40. Assine aqui e participe!

A última série do Papo com Especialista foi sobre Como investir para se aposentar sem depender do INSS. Para saber mais, acesse este link

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Opinião

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Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.

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