Quem é muito extrovertido pode não se preparar e se dar mal em reuniões
Somos todos semelhantes à imagem que os outros têm de nós.
Jorge Luis Borges
O risco de as pessoas serem extrovertidas é que se sentem tão à vontade, tão seguras para se apresentar em público que, às vezes, negligenciam e não se preparam de maneira conveniente. Em certos casos, não respeitam os ouvintes, como deveriam respeitar, e não se capacitam de maneira adequada, como deveriam se capacitar.
Por isso, esses incautos dizem o que lhes vêm à cabeça, e falam para as plateias como se todos os ouvintes fossem sempre iguais. Não são poucos os casos em que apresentações importantes são prejudicadas por esse tipo de descuido.
Por mais seguro e experiente que você seja, nunca vá para uma reunião sem se preparar de forma apropriada. Vire e revire a mensagem de frente para trás e de trás para frente. Observe muito bem a ordem que pretende seguir. Saiba como iniciar, preparar, desenvolver e concluir. Cronometre a apresentação para não ultrapassar o tempo determinado, nem ter de encerrar antes por falta de informações.
Escrever é uma coisa, falar é outra
Mesmo que você não faça ensaios, converse com pessoas da família ou do local de trabalho. Dessa forma, você verbaliza o que vai expor. As palavras, a pontuação e o ritmo são diferentes para escrever e para falar. Ao conversar, poderá escolher as melhores palavras e ter uma correta organização do pensamento.
Quase sempre as pessoas que compõem as plateias são heterogêneas. Por esse motivo, verifique qual o perfil predominante do público e adapte a mensagem de acordo com ele. Lembre-se de que apresentações vitoriosas em determinado ambiente podem fracassar em locais com características diversas.
Tendo em vista esses riscos, por mais extrovertido que seja, e até por ter toda essa confiança, nunca deixe de se preparar. Saiba que cada apresentação é um novo desafio que precisa ser enfrentado com cuidado e responsabilidade.
Ah, e se você for muito confiante e extrovertido, cuidado para não passar um ar de arrogância ou prepotência. É mais fácil conquistar as plateias se valendo de simpatia do que com muito conteúdo e desembaraço, mas com imagem antipática.
Portanto, ser extrovertido é muito bom, pois faz com que o orador se sinta confiante para expor suas mensagens, mas poderá ser uma característica negativa se a pessoa não se preparar de forma adequada e nem respeitar o público que irá ouvi-lo.
Superdicas da semana
- Quando você fala, as palavras são diferentes daquelas que escreveu
- Nada substitui um bom preparo para falar em público
- Excesso de confiança pode prejudicar o orador
- Ensaie exaustivamente o que pretende dizer nas reuniões
Livros de minha autoria que ajudam a refletir sobre esse tema: "29 Minutos para Falar Bem em Público", publicado pela Editora Sextante. "Como falar de improviso e outras técnicas de apresentação", "Oratória para advogados", "Assim é que se Fala", "Conquistar e Influenciar para se Dar Bem com as Pessoas" e "Como Falar Corretamente e sem Inibições", publicados pela Editora Saraiva. "Oratória para líderes religiosos", publicado pela Editora Planeta.
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