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Bolsa fecha em alta, na contramão dos principais mercados mundiais

Do UOL, em São Paulo

20/06/2013 17h56Atualizada em 21/03/2014 15h23

Bovespa fechou em alta nesta quinta-feira (20), depois de ter operado em queda ao longo do dia. O Ibovespa (principal índice da Bolsa),  subiu 0,67%, aos 48.214,43 pontos. Mais cedo, o índice chegou a registrar perdas de mais de 4%.

As ações de empresas de Eike Batista, que operaram com forte queda ao longo do dia, inverteram o sinal no fim da sessão e ajudaram a impulsionar a alta da Bolsa.

Segundo o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora, a forte queda verificada mais cedo ajudou a trazer de volta ao mercado investidores querendo comprar ações mais baratas.

Dólar tem maior valor desde 2009

dólar comercial fechou com alta de 1,69%, a R$ 2,258 na venda, mesmo depois de uma atuação do Banco Central. Os investidores temem o fim da ajuda do governo dos EUA à economia.

É o maior valor de fechamento desde o dia 1º de abril de 2009 (R$ 2,281). No ano, a moeda já acumula alta de 10,25%.

Pouco antes das 10h, o Banco Central realizou um leilão de venda de dólares, que movimentou US$ 2,986 bilhões. Mesmo assim, a cotação continuou em alta.

Operadores afirmam que intervenções do BC devem ter efeito limitado sobre o mercado de câmbio. Os investidores estão preocupados com a possibilidade de redução do estímulo econômico nos Estados Unidos.

Mercado externo é abalado por preocupações com EUA

As principais Bolsas de Valores do mundo tiveram forte queda. A Europa registrou os piores índices em 19 meses. As Bolsas da Ásia também sofreram.

Na véspera, o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) indicou que pode começar a reduzir seus estímulos econômicos em breve. Todo mês, a instituição compra US$ 85 bilhões em títulos, o que garante alta circulação de dólares no mercado e beneficia países emergentes.

Bolsas internacionais

As ações europeias registraram a pior queda diária em 19 meses, afetadas pela perspectiva de redução do estímulo monetário dos Estados Unidos e novos sinais de fraqueza do crescimento econômico da China.

O índice FTSEurofirst 300 caiu 3,07%, para 1.143 pontos. A queda desta quinta-feira foi a mais forte desde novembro de 2011; apenas 17 das 601 ações listadas no índice STOXX Europe 600 tiveram alta, e todos os índices setoriais fecharam no vermelho.

Em Londres, o índice Financial Times recuou 2,98%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 3,28%. Em Paris, o índice CAC-40 teve baixa de 3,66%.

Os mercados asiáticos e da região do Pacífico fecharam em forte queda), depois que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, indicou que pode reduzir o estímulo à economia em breve.

Além disso, a China diminuiu o crédito mesmo com sua atividade industrial registrando o menor nível em nove meses. As ações asiáticas com exceção do Japão sofreram a maior perda diária desde o final de 2011.

A Bolsa australiana tombou 2,12%, enquanto as ações sul coreanas caíram 2%, para o menor nível em sete meses. As ações em Hong Kong recuaram 2,88% e o mercado em Xangai perdeu 2,77%.

A bolsa de Taiwan recuou 1,35%, enquanto Cingapura retrocedeu 2,51%. O índice Nikkei, do Japão, teve perdas um pouco menores, após notícias surpreendentemente otimistas sobre as exportações. O índice caiu 1,74%.

(Com Reuters)