Bolsa fecha em alta, na contramão dos principais mercados mundiais
A Bovespa fechou em alta nesta quinta-feira (20), depois de ter operado em queda ao longo do dia. O Ibovespa (principal índice da Bolsa), subiu 0,67%, aos 48.214,43 pontos. Mais cedo, o índice chegou a registrar perdas de mais de 4%.
As ações de empresas de Eike Batista, que operaram com forte queda ao longo do dia, inverteram o sinal no fim da sessão e ajudaram a impulsionar a alta da Bolsa.
Segundo o estrategista Luis Gustavo Pereira, da Futura Corretora, a forte queda verificada mais cedo ajudou a trazer de volta ao mercado investidores querendo comprar ações mais baratas.
Dólar tem maior valor desde 2009
O dólar comercial fechou com alta de 1,69%, a R$ 2,258 na venda, mesmo depois de uma atuação do Banco Central. Os investidores temem o fim da ajuda do governo dos EUA à economia.
É o maior valor de fechamento desde o dia 1º de abril de 2009 (R$ 2,281). No ano, a moeda já acumula alta de 10,25%.
Pouco antes das 10h, o Banco Central realizou um leilão de venda de dólares, que movimentou US$ 2,986 bilhões. Mesmo assim, a cotação continuou em alta.
Operadores afirmam que intervenções do BC devem ter efeito limitado sobre o mercado de câmbio. Os investidores estão preocupados com a possibilidade de redução do estímulo econômico nos Estados Unidos.
Mercado externo é abalado por preocupações com EUA
As principais Bolsas de Valores do mundo tiveram forte queda. A Europa registrou os piores índices em 19 meses. As Bolsas da Ásia também sofreram.
Na véspera, o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) indicou que pode começar a reduzir seus estímulos econômicos em breve. Todo mês, a instituição compra US$ 85 bilhões em títulos, o que garante alta circulação de dólares no mercado e beneficia países emergentes.
Bolsas internacionais
As ações europeias registraram a pior queda diária em 19 meses, afetadas pela perspectiva de redução do estímulo monetário dos Estados Unidos e novos sinais de fraqueza do crescimento econômico da China.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 3,07%, para 1.143 pontos. A queda desta quinta-feira foi a mais forte desde novembro de 2011; apenas 17 das 601 ações listadas no índice STOXX Europe 600 tiveram alta, e todos os índices setoriais fecharam no vermelho.
Em Londres, o índice Financial Times recuou 2,98%. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 3,28%. Em Paris, o índice CAC-40 teve baixa de 3,66%.
Os mercados asiáticos e da região do Pacífico fecharam em forte queda), depois que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, indicou que pode reduzir o estímulo à economia em breve.
Além disso, a China diminuiu o crédito mesmo com sua atividade industrial registrando o menor nível em nove meses. As ações asiáticas com exceção do Japão sofreram a maior perda diária desde o final de 2011.
A Bolsa australiana tombou 2,12%, enquanto as ações sul coreanas caíram 2%, para o menor nível em sete meses. As ações em Hong Kong recuaram 2,88% e o mercado em Xangai perdeu 2,77%.
A bolsa de Taiwan recuou 1,35%, enquanto Cingapura retrocedeu 2,51%. O índice Nikkei, do Japão, teve perdas um pouco menores, após notícias surpreendentemente otimistas sobre as exportações. O índice caiu 1,74%.
(Com Reuters)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.