Dólar perde 1,66% na semana e fecha perto de R$ 2,28
O dólar comercial fechou em queda de 1,05% nesta sexta-feira (22), a R$ 2,283 na venda. A moeda norte-americana acumulou desvalorização de 1,66% na semana, e interrompeu uma sequência de quatro semanas de alta.
Do início do mês até agora, o dólar acumula alta de 2,18%. No acumulado deste ano, a moeda tem valorização de 11,47%.
De acordo com analistas entrevistados pela agência de notícias Reuters, a queda do dólar nesta sexta foi influenciada por expectativas de entrada de recursos externos no país, já que a Shell avalia usar recursos do exterior para pagar a parte do bônus de assinatura do leilão de Libra, no pré-sal.
Além disso, intervenções do banco central brasileiro no mercado de câmbio ajudaram a derrubar o preço da moeda norte-americana.
Investidores ainda estavam de olho no programa de estímulo econômico do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), que injeta, todo mês, US$ 85 bilhões na economia dos EUA.
Na última reunião, o Fed decidiu manter o programa, mas deu a entender que pode começar a reduzir esses estímulos em seus próximos encontros, segundo ata divulgada nesta quarta-feira (20).
Os conselheiros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) devem se reunir nos próximos dias 17 e 18 de dezembro.
BC faz operações para segurar cotação do dólar
O Banco Central vendeu, nesta sexta, a oferta total de 20 mil contratos de swap cambial tradicional (equivalentes a venda de dólares no futuro) na sétima etapa da rolagem dos swaps que vencem em 2 de dezembro.
Entre os novos contratos, 4.600 mil têm vencimento em 1º de agosto de 2014 e os outros 15,4 mil contratos têm vencimento em 2 de maio de 2014.
A operação movimentou o equivalente a US$ 992,2 milhões. Somando as sete operações já feitas, o BC já rolou US$ 6,924 bilhões, ou 68,5% dos US$ 10,110 bilhões do vencimento total.
O BC deu início ao processo de rolagem na semana passada e fez ofertas de 20 mil contratos em cada leilão, vendendo sempre o lote total.
Atuação do BC no mercado de dólar
O Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio nesta sexta.
Foi vendido até US$ 1 bilhão em leilão à vista, com compromisso de recompra em 4 de fevereiro de 2014, à taxa de R$ 2,329.
De segunda a quinta, são realizados leilões equivalentes à venda de dólares no mercado futuro; às sextas, são feitos leilões de venda de dólares com compromisso de recompra.
Fim do estímulo nos EUA preocupa investidores no mundo todo
Nos últimos meses, os investidores estão preocupados com a recuperação da economia dos Estados Unidos. Com sinais de que o país está superando a crise, o banco central do país começou a avaliar uma redução em seu programa de estímulos.
Atualmente, o Fed injeta US$ 85 bilhões nos mercados, em um programa conhecido como QE3. O BC americano tem utilizado uma ferramenta clássica de política econômica para fazer essa injeção de recursos: a compra de títulos públicos (pedaços da dívida estatal, vendidos pelo Tesouro dos EUA) em mãos de investidores e bancos.
Sem essa enxurrada de dólares e com juros mais altos nos EUA, os investidores tendem a preferir opções consideradas mais seguras, e tirar recursos de países emergentes.
Dólares baratos que alimentaram um boom no Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul na última década diminuíram desde que o Fed alertou, em maio, sobre a redução do esquema de compra de títulos dos EUA.
(Com Reuters)
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