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Dólar sobe 1,5% e fecha a R$ 3,49, com crise política e atuação do BC

Do UOL, em São Paulo

02/05/2016 17h07Atualizada em 02/05/2016 17h12

O dólar comercial fechou esta segunda-feira (2) com alta de 1,45%, cotado a R$ 3,49 na venda, após duas sessões seguidas em queda. 

Na sexta-feira, a moeda norte-americana havia caído 1,64% e atingido o menor valor em nove meses.

Apesar da alta no dia, o dólar ainda acumula desvalorização de 11,60% no ano. Em abril, a moeda recuou 4,34%.

Crise política

Os investidores continuam de olho nos desdobramentos do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e na escolha de nomes para um eventual governo do vice, Michel Temer.

Nesta segunda-feira, Temer agendou uma reunião com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para unificar o discurso para a economia em caso de afastamento de Dilma. Meirelles é a escolha do vice para ocupar o Ministério da Fazenda.

Notícias de que Temer pretende evitar maior desvalorização do dólar, caso assuma a presidência, também influenciavam a alta da moeda, segundo analistas.

Atuação do BC

O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Nesta sessão, o BC fez mais um leilão de swaps cambiais reversos (equivalentes à compra futura de dólares).

O BC vendeu a oferta total de até 40 mil swaps, todos com vencimento em 1º de agosto deste ano, o que ajudou a valorizar a moeda norte-americana.

Queda do petróleo

No exterior, também influenciou a queda nos preços do petróleo. O barril do petróleo Brent, negociado em Londres e referência no mercado, fechou em queda de 3,25%. 

O petróleo nos Estados Unidos (WTI) recuou 2,48% nesta sessão.

Governo aumenta IOF

O governo aumentou de 0,38% para 1,1% a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para a compra de dólar e outras moedas estrangeiras em espécie, o popular dinheiro vivo. Para cartão de crédito, de débito ou pré-pago, a alíquota continua sendo de 6,38%.
A medida entra em vigor nesta terça-feira (3). 

A mudança não tem grande impacto sobre a cotação do dólar comercial, mas deve afetar especialmente os brasileiros que viajam ao exterior a turismo.

(Com Reuters)