Dólar sobe 1,5% e fecha a R$ 3,49, com crise política e atuação do BC
O dólar comercial fechou esta segunda-feira (2) com alta de 1,45%, cotado a R$ 3,49 na venda, após duas sessões seguidas em queda.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana havia caído 1,64% e atingido o menor valor em nove meses.
Apesar da alta no dia, o dólar ainda acumula desvalorização de 11,60% no ano. Em abril, a moeda recuou 4,34%.
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Crise política
Os investidores continuam de olho nos desdobramentos do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff e na escolha de nomes para um eventual governo do vice, Michel Temer.
Nesta segunda-feira, Temer agendou uma reunião com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para unificar o discurso para a economia em caso de afastamento de Dilma. Meirelles é a escolha do vice para ocupar o Ministério da Fazenda.
Notícias de que Temer pretende evitar maior desvalorização do dólar, caso assuma a presidência, também influenciavam a alta da moeda, segundo analistas.
Atuação do BC
O Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio. Nesta sessão, o BC fez mais um leilão de swaps cambiais reversos (equivalentes à compra futura de dólares).
O BC vendeu a oferta total de até 40 mil swaps, todos com vencimento em 1º de agosto deste ano, o que ajudou a valorizar a moeda norte-americana.
Queda do petróleo
No exterior, também influenciou a queda nos preços do petróleo. O barril do petróleo Brent, negociado em Londres e referência no mercado, fechou em queda de 3,25%.
O petróleo nos Estados Unidos (WTI) recuou 2,48% nesta sessão.
Governo aumenta IOF
O governo aumentou de 0,38% para 1,1% a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para a compra de dólar e outras moedas estrangeiras em espécie, o popular dinheiro vivo. Para cartão de crédito, de débito ou pré-pago, a alíquota continua sendo de 6,38%.
A medida entra em vigor nesta terça-feira (3).
A mudança não tem grande impacto sobre a cotação do dólar comercial, mas deve afetar especialmente os brasileiros que viajam ao exterior a turismo.
(Com Reuters)
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