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Bolsa fecha em alta pela 4ª semana e bate recorde; dólar sobe, a R$ 3,756

Do UOL, em São Paulo

18/01/2019 17h17Atualizada em 18/01/2019 18h33

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, superou pela primeira vez a marca de 96 mil pontos nesta sexta-feira (18). A Bolsa fechou em alta de 0,78%, a 96.096,75 pontos, seu maior nível de fechamento na história. Foi o terceiro avanço seguido. Na semana, o índice acumulou ganho de 2,6%, a quarta alta semanal consecutiva.

O dólar comercial fechou em alta de 0,22%, cotado a R$ 3,756 na venda, no quarto avanço seguido. É o maior valor de fechamento em mais de duas semanas, desde 2 de janeiro (R$ 3,81). Com isso, a moeda norte-americana termina a semana com valorização de 1,11%, após quatro quedas semanais.

Na véspera, a Bolsa fechou em alta de 1,01%, a 95.351,09 pontos, e o dólar subiu 0,36%, a R$ 3,748.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

Natura e Eletrobras disparam

Entre as maiores altas do Ibovespa no dia, as ações da Natura saltaram 5,81%, e as da Eletrobras dispararam 5,22%, após a estatal anunciar novo plano de demissão voluntária.

Os papéis do Itaú Unibanco (+1,29%), da Petrobras (+1,29%), do Bradesco (+1,02%) e da mineradora Vale (+0,98%) registraram alta. Por outro lado, as ações do Banco do Brasil (-0,84%) fecharam em queda. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.

Tensões no exterior

No cenário externo, o mercado acompanhava as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O próximo encontro com representantes dos dois países está previsto para o final de janeiro.

Segundo o "Wall Street Journal", o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, discutiu suspender algumas ou todas as tarifas impostas às importações chinesas e sugeriu colocar a proposta em discussão no próximo encontro. A notícia chegou a impulsionar os mercados externos, apesar de um porta-voz do Tesouro ter negado a informação.

Reforma da Previdência

No Brasil, investidores aguardavam anúncios mais concretos sobre a proposta de reforma da Previdência. Uma fonte disse à agência de notícias Reuters na véspera que a proposta que será apresentada pelo governo terá um tempo de transição maior que 12 anos, mas menor do que os 20 anos do texto submetido ao Congresso pelo ex-presidente Michel Temer.

No entanto, uma definição deve vir só após a viagem do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao Fórum Econômico Mundial, que acontece entre os dias 22 e 25 de janeiro em Davos, na Suíça.

Atuação do BC

O BC vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 8,71 bilhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

(Com Reuters)

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