Bolsa cai 2,69%, ao menor nível em 4 meses; dólar sobe e fecha a R$ 3,979
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em queda de 2,69%, a 91.726,54 pontos, no terceiro recuo seguido. É a menor pontuação para o índice em mais de quatro meses, desde os primeiros dias do governo Jair Bolsonaro: em 7 de janeiro, o Ibovespa marcava 91.699,05 pontos. É também a maior queda diária em mais de um mês, desde 27 de março, quando o índice caiu 3,57%.
O dólar comercial fechou em alta de 0,89%, cotado a R$ 3,979 na venda, com a escalada das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. É o maior valor em quase três semanas, desde 24 de abril, quando a moeda norte-americana fechou a R$ 3,986.
O dólar chegou atingir o patamar de R$ 4 ao longo do dia, mas depois passou a subir menos. O valor da moeda divulgada diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Vale despenca 4%; Petrobras e bancos caem
As principais ações que compõem o Ibovespa tiveram forte queda no dia. A mineradora Vale caiu 4,1%, e a Petrobras perdeu 2,92%.
Também encerraram a sessão em queda os bancos Banco do Brasil (-3,57%), Bradesco (-2,49%) e Itaú Unibanco (-1,57%). Essas empresas têm grande peso no Ibovespa.
Ação da Gol recua 7%
A agência de viagens CVC (-7,68%) e a companhia aérea Gol (-7,02%) lideraram as perdas no dia, em meio à alta do dólar e seu possível impacto no turismo.
Guerra comercial entre EUA e China
O cenário externo afetou o mercado, com investidores cautelosos, monitorando as tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Conforme o impasse entre as duas potências se agrava, reduzem as expectativas de que elas possam resolver sua disputa comercial em breve.
Após anunciar aumento nas tarifas de US$ 200 bilhões em produtos chineses na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, alertou nesta segunda-feira a China, dizendo que o país não deve retaliar e que "será duramente afetado se não fizer um acordo".
O governo chinês, por sua vez, afirmou que nunca vai se render a pressões externas e divulgou planos de aplicar tarifas contra US$ 60 bilhões em produtos norte-americanos a partir de 1º de junho.
Cenário interno
No cenário doméstico, chamou a atenção a nova redução das previsões para o PIB (Produto Interno Bruto) neste ano. Pesquisa semanal do Banco Central com economistas mostrou que as estimativas agora são de crescimento de 1,45%, após o 11º corte seguido.
Na política, agentes de mercado também veem o cenário se mostrando cada vez mais desafiador. Eles aguardam nesta semana o possível "tsunami" ao qual o presidente Jair Bolsonaro se referiu na semana passada, sem dar mais detalhes.
Atuação do BC
O Banco Central vendeu nesta sessão leilão 5.050 swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de julho.
Em oito operações neste mês, o BC já rolou US$ 2,02 bilhões, de total de US$ 10,089 bilhões a expirar em julho. O estoque de swaps do BC no mercado é de US$ 68,863 bilhões.
(Com Reuters)
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