Dólar fecha em R$ 5,106, Bolsa cai, e Americanas sobem 15,81%
O dólar comercial fechou hoje em alta de 0,12%, cotado a R$ 5,106. No entanto, a semana foi de queda, com perda de 2,48%.
Essa é a segunda semana consecutiva que a moeda estrangeira termina em desvalorização.
O mercado repercutia, principalmente, as primeiras medidas econômicas anunciadas ontem pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Pacote trouxe um pouco de otimismo. Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso, disse à Reuters que o pacote anunciado ajudou o real, apesar de agentes financeiros ainda terem dúvidas sobre a execução do projeto.
- O plano inclui reduções de débitos tributários no Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais) e reoneração de combustíveis. Isso pode levar a ajuste de até R$ 242,7 bilhões nas contas em 2023.
- Haddad projetou déficit de 0,5% a 1% do PIB (Produto Interno Bruto) para o resultado primário do governo central, em cálculo que já considera a chance de algumas pautas não andarem.
"O governo parece interessado em limitar o aumento projetado do déficit orçamentário em 2023", escreveu a equipe do Goldman Sachs liderada por Alberto Ramos.
"Isso é positivo, mas as autoridades continuam a mostrar alguma relutância em adotar cortes permanentes significativos nos gastos correntes e reconhecer abertamente a necessidade de alcançar um superávit fiscal primário de cerca de 2% do PIB para estabilizar a dinâmica da dívida pública", acrescentaram.
Cenário externo. Uma leitura de inflação dos Estados Unidos abaixo do esperado pelo mercado impulsionou o real e outras moedas frente ao dólar desde ontem.
- Isso reforçou apostas dos investidores de uma redução no ritmo de alta de juros pelo Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos.
- Tradicionalmente, a perspectiva de menor aperto monetário tira força da divisa norte-americana.
Bolsa caiu 0,84%; Americanas sobem 15,81%
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), teve baixa de 0,84% e fechou o pregão aos 110.916,08 pontos. A sessão foi marcada pela recuperação parcial das ações das Americanas (AMER3), que hoje subiram 185,81%, após desvalorização de 77,33% ontem.
Na semana, a Bolsa teve alta de 1,79%, após ter caído na semana passada.
Cenário interno. Hoje, houve a divulgação do IBC-Br, considerado a prévia do PIB (Produto Interno Bruto), que teve queda de 0,55% em dezembro. O resultado ficou bem abaixo da expectativa do mercado, que apostava em retração de 0,2%.
No exterior, investidores aguardam pela divulgação de resultados de JP Morgan, Bank of America, Wells Fargo e Citigroup.
- O cenário contrasta com o otimismo visto na última sessão, depois que dados indicaram queda na inflação pela primeira vez em mais de dois anos.
- O mercado parece estar preocupado com a possibilidade de os balanços dos bancos trazerem números negativos, apontando para uma situação econômica ruim nos Estados Unidos.
(Com Reuters)
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