Logo Pagbenk Seu dinheiro rende mais
Topo

Amigos faturam R$ 2.000 por dia com drive-thru de torresmo

Ivan Silva, 18, Edson da Silva, 55, e Mario Aparecido do Prado, 52, no drive-thru do torresmo, em Londrina (PR) - Lucas Gabriel Marins/UOL
Ivan Silva, 18, Edson da Silva, 55, e Mario Aparecido do Prado, 52, no drive-thru do torresmo, em Londrina (PR) Imagem: Lucas Gabriel Marins/UOL

Lucas Gabriel Marins

Colaboração para o UOL, em Curitiba

03/05/2019 04h00

Em outubro do ano passado, Mario Aparecido do Prado, 52, que estava desempregado havia cerca de seis meses, bateu na porta do seu amigo Edson Francisco da Silva, 55, e fez uma sugestão: "Vamos vender torresmo juntos?"

Silva, dono de uma casa de carnes de Londrina (PR), gostou da ideia. Ele e Prado, então, emprestaram um tacho de cinco quilos de uma amiga, compraram algumas pancetas (barriga de porco) e penduraram um banner com a expressão "drive-thru do torresmo" na frente do estabelecimento.

"Em menos de uma semana, tivemos que comprar um tacho maior, de 20 quilos, para dar conta da demanda. Hoje, temos quatro", disse Silva. Eles investiram R$ 1.000 nos tachos.

Faturamento da casa de carnes triplicou

Os dois amigos, que agora são sócios, vendem cerca de 50 quilos de torresmo pronto todos os dias, em pacotinhos de 250 gramas. Cada um custa R$ 10. O faturamento diário é de cerca de R$ 2.000.

A casa de carnes, que vendia apenas assados, transformou o torresmo no carro-chefe do negócio. O estabelecimento funciona de terça-feira a domingo.

O faturamento mensal do local agora é de R$ 60 mil, o triplo do montante registrado antes de o drive-thru ter sido implantado. O lucro é de 20% sobre esse valor.

Amigos planejam expandir o negócio

Mario Aparecido do Prado, 52, começa a preparar os torresmos às 6h, de terça-feira a domingo - Lucas Gabriel Marins/UOL - Lucas Gabriel Marins/UOL
Mario Aparecido do Prado, 52, começa a preparar os torresmos às 6h
Imagem: Lucas Gabriel Marins/UOL
O toucinho é comprado todos os dias por Prado em três frigoríficos da região. Ele começa a preparar o petisco por volta das 6h.

Os consumidores param de carro e buzinam. Prado, Silva ou o sobrinho dele, Ivan Carlos da Silva, 18, que também ajuda no negócio, leva a porção.

"Há dias em que ficamos sem torresmo por causa da quantidade de gente que passa aqui", disse Prado.

Ele e Silva planejam alugar outro estabelecimento próximo à casa de carnes para expandir o negócio, inclusive com delivery para a região central de Londrina.

Especialista diz que nome criativo atrai clientes

Para João Luis Moura, consultor do Sebrae-PR, a grande jogada do negócio foi o nome criativo. Segundo ele, os empresários conseguiram, sem muito investimento, diferenciar-se em um mercado altamente concorrido, que é o de petiscos e de carne.

"Quando o empreendedor consegue ser assertivo e cria um nome inusitado, ele acaba entrando na mente dos consumidores e desenvolve um vínculo emocional", afirmou.

Moura disse, no entanto, que o produto é bem convencional e isoladamente não conseguiria manter a alta procura. De acordo com o especialista, o ideal seria desenvolver no futuro novas ações criativas para o público.

"De tempos em tempos, o empreendedor poderia levar novos elementos para o negócio, como nomes diferentes também para porções de torresmo ou formas diferenciadas de entrega do produto."

Português toca sino em SP para avisar que saiu pastel de Belém quentinho

UOL Notícias