IPCA
0,46 Jul.2024
Topo

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Inflação, o verdadeiro inimigo do brasileiro

O monstro da inflação é um conhecido de longa data de todos os brasileiros; entenda - Julos/Getty Images
O monstro da inflação é um conhecido de longa data de todos os brasileiros; entenda Imagem: Julos/Getty Images
Gabriela Mosmann

23/05/2022 04h00

Um monstro que assombra continuamente as vidas dos brasileiros voltou. A cada novo mês, vemos novas facetas dele, uma nova roupagem que derruba as armadilhas para retardá-lo e consolida a nova realidade de que veio para ficar.

A inflação é um conhecido de longa data de todos os brasileiros. Alguns conseguem lembrar os anos 90 e o cenário hiperinflacionário, ou mesmo períodos anteriores. Da década de 80 até 1994, o país sofreu por um período marcado por diversas alterações de moeda na tentativa de frear o processo hiperinflacionário, o que foi possível apenas com o Plano Real de 94.

Os mais novos não estão livres de memórias com ela. Anos como 2015, com inflação acumulada de 10,61%, já foram o suficiente para quem desconhecia seus efeitos senti-los na pele.

Problema não é exclusivo do Brasil

Todavia, esse monstro não está à solta somente na nossa vizinhança — mas sim decidiu se globalizar. Os países da América Latina já estão acostumados com os desafios de viver com índices inflacionários altos, porém essa é uma nova realidade para a maior parte dos países desenvolvidos. Esse não é um problema exclusivo nosso.

Mesmo que grande parte do problema inflacionário atual seja devido à tentativa de combate à pandemia do coronavírus, não muda o fato de que precisamos atuar para não piorar a situação.

A inflação é um problema, pois, além de tudo, ela acaba prejudicando mais ainda os mais humildes e necessitados, agravando muito os problemas socioeconômicos da população.

Tranquilidade difícil de ser atingida

Por mais que o governo brasileiro esteja sinalizando uma preocupação com o assunto através dos aumentos contínuos da Selic (taxa básica de juros), a tranquilidade não surge.

Em uma realidade como a nossa, com um longo histórico e traumas por conta desse inimigo, apenas combater pontualmente quando ele já ressurgiu e se estabilizou, não basta.

Medidas para precaver o retorno dela, bem como uma administração mais coerente dos recursos públicos são mandatórios. Infelizmente, a solução óbvia do problema é o que nunca veremos aplicado.

Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.