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OPINIÃO

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Quer se proteger da inflação? Veja quanto rendem 4 aplicações focadas nisso

Conheça os quatro investimentos mais rentáveis para proteger seu bolso das altas dos preços - Mikhail Nilov/Pexels
Conheça os quatro investimentos mais rentáveis para proteger seu bolso das altas dos preços Imagem: Mikhail Nilov/Pexels

06/05/2022 04h00

A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de mais de 12%, de acordo com a prévia mais recente do índice oficial de preços do país. Nesse ritmo, bastam seis anos para o patrimônio de uma pessoa cair pela metade, se o dinheiro não for investido adequadamente.

Por conta disso, e atendendo a pedidos que recebi via Instagram, confira abaixo quanto rendem, atualmente, quatro aplicações financeiras usadas para se proteger da inflação.

Você vai saber também quais desses investimentos eu escolhi para alocar o meu próprio dinheiro.

1. Tesouro IPCA: 15,4% ao ano

Os títulos do Tesouro Direto para quem quer se proteger da inflação são os chamados Tesouro IPCA. Eles rendem o IPCA (índice oficial de inflação) e mais uma taxa.

Atualmente, o Tesouro IPCA com vencimento em 2026 está com uma taxa de 5,41% acima da inflação. Isso quer dizer que se a inflação continuar no ritmo atual, o retorno líquido desse investimento será de 15,4% ao ano.

Nesse cálculo, estou considerando que o investidor vai manter o valor aplicado até a data de vencimento, daqui a quatro anos.

O resgate antecipado pode gerar um prejuízo. Se o seu objetivo for simplesmente proteger o patrimônio e não especular, o ideal é que aguarde até o final do prazo.

2. CDB: 15,2% ao ano

Para quem não pode esperar quatro anos até fazer o resgate, uma opção é o CDB (Certificado de Depósito Bancário). Atualmente, é possível encontrar no mercado uma taxa de IPCA mais 5,73%. Com isso, o retorno líquido total seria de 15,2%.

Este dado, especificamente, se refere a um CDB oferecido pela corretora Órama e emitido pela BRK financeira. Ele tem prazo de 12 meses e aceita investimentos a partir de R$ 5.000.

Mas é possível encontrar outros papéis com taxas próximas dessa em outras corretoras.

Vale saber que, para a sua aplicação em CDB ser bem segura, você precisa respeitar o limite de garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que é de R$ 250 mil. Se o banco emissor do papel quebrar, o FGC lhe paga a quantia aplicada mais os juros, desde que o total não passe desse valor.

3. LCA: 16,6% ao ano

Aplicando em uma LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é possível chegar a um retorno de inflação mais 4,14%, o que significa um rendimento total de 16,6% ao ano. No caso desse investimento, não há Imposto de Renda (IR).

A LCA a que me refiro é uma emitida pelo banco ABC Brasil e negociada pela corretora de mesmo nome. O investimento mínimo é de R$ 1.000 e o prazo é de 12 meses.

Esse tipo de aplicação também tem garantia do FGC, de até R$ 250 mil.

4. Fundos imobiliários: 18,6% ao ano

Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) podem ser usados para proteção da inflação, mas não tome uma decisão sem entender exatamente os riscos. Falarei um pouco sobre isso no final deste texto.

Hoje, se você pegar os FIIs mais negociados do país, a maioria está com um retorno em dividendos (lucros de uma empresa que são distribuídos aos acionistas) acima de 8% ao ano.

Se considerarmos que os preços de imóveis tendem a acompanhar a inflação a longo prazo, o retorno total do FII seria de 18,6% ao ano, já descontado o Imposto de Renda, que incidiria sobre parte do rendimento.

Vale informar que todos os cálculos desta coluna consideram uma inflação de 12% ao ano.

Quais os riscos dessas aplicações?

O Tesouro Direto é a aplicação com o menor risco que você pode encontrar no mercado, se você não resgatar o título antes da data de vencimento.

O CDB e a LCA são protegidos pelo FGC até o valor de R$ 250 mil (somando o montante aplicado e os juros). Logo, o risco também é bem baixo.

Já os fundos imobiliários têm um risco maior. Hoje, a cota de um fundo pode custar R$ 100 e daqui a um ano pode estar em R$ 90.

Por isso, antes de aplicar, é necessário conhecer os fatores que influenciam no retorno do fundo. Por exemplo, o risco de vacância, o risco de mercado e outros. Não vou explicar nenhum deles aqui, porque cada um mereceria um curso inteiro.

Meu objetivo, ao citar os fundos imobiliários, é apenas dar uma base de comparação com os demais investimentos que podem ser usados contra a inflação.

Alguma dúvida?

Caso você tenha alguma dúvida sobre este texto ou se quiser saber em quais ativos eu invisto, me envie uma pergunta pela minha conta do Instagram. Sua questão pode virar tema desta coluna no futuro.

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