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ANÁLISE

Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.

Veja as 5 ações com maior retorno em dividendos após a queda da Bolsa

27/08/2021 04h00

Ao mesmo tempo em que a Bolsa de Valores vem caindo desde o início de junho, o retorno em dividendos de diversas empresas aumentou. Na coluna de hoje, você vai conhecer as cinco empresas que melhor têm remunerado o acionista, em termos de dividendos.

A primeira da lista, por exemplo, está com um retorno em dividendos de 19,74% ao ano. Foram considerados somente os papéis que movimentam mais de R$ 1 milhão por dia. Os dados são do fechamento da última quarta-feira (25). Veja abaixo a lista —lembrando que não se trata de uma recomendação.

5. Minerva Foods (BEEF3): 12,17%

A Minerva Foods, produtora e exportadora de carne e de gado vivo, está com um retorno em dividendos (DY, na sigla em inglês) de 12,17% ao ano.

Isso significa que quem investir R$ 100 mil na empresa tende a receber na conta corrente R$ 12.170 ao longo de um ano, se ela continuar distribuindo proventos no mesmo ritmo dos últimos 12 meses.

Porém, nada garante que ela vai continuar nesse ritmo. A primeira coisa que eu faço depois de olhar o DY é conferir se o pagamento de proventos da empresa é constante.

No caso da Minerva, o retorno está alto porque em abril ela distribuiu dividendos muito acima do habitual. Foram R$ 0,73 por ação somente no primeiro semestre de 2021. De 2017 a 2020, a média de dividendos foi de R$ 0,12 por ano.

Uma vez verificado que o nível de pagamento de dividendos não é recorrente, é preciso olhar outros indicadores para verificar a saúde da empresa, conforme expliquei em uma coluna recente.

4. Cyrela (CYRE3): 13,06%

A incorporadora e construtora imobiliária Cyrela está com um retorno em dividendos de 13,06%.

Olhando para o histórico, vemos que o pagamento de proventos foi um pouco fora da curva. Nos últimos 12 meses, a companhia pagou R$ 2,65 por ação aos investidores. Nos 12 meses anteriores, no entanto, o valor ficou em R$ 1,30.

3. Isa Cteep Transmissão Paulista (TRPL4): 14,05%

A Isa Cteep Transmissão Paulista, do setor de energia elétrica, tem distribuído proventos altos e de forma relativamente constante.

O retorno em dividendos da companhia nos últimos 12 meses está em 14,05%, a R$ 3,45 por ação.

Nos últimos cinco anos (excluindo 2021), a média foi de R$ 1,50 por ação. Embora pareça pouco, deve-se considerar que nos últimos anos o preço da ação estava bem mais baixo. Portanto, proporcionalmente, o retorno em dividendos tem sido alto nos últimos anos.

Deve-se salientar ainda, que, por ser uma concessionária de energia elétrica, a tendência é de que o pagamento de proventos seja mais estável do que nas demais empresas.

2. Copel (CPLE3): 15,02%

A Companhia Paraense de Energia (Copel), apesar de também estar no setor elétrico, apresenta um retorno em dividendos que engana o marinheiro de primeira viagem.

Em 2021, a empresa já distribuiu R$ 0,60 por ação aos investidores. Isso é mais do que o dobro do que a companhia entrega por ano.

Hoje, mais da metade da dívida da Copel está atrelada à taxa básica de juros, a Selic. Um aumento muito forte desse indicador poderia afetar os resultados da empresa.

1. Copasa (CSMG3): 19,74%

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) é a que apresenta o maior retorno em dividendos atualmente, próximo de 20%.

Esse resultado se deve principalmente ao forte aumento da distribuição de proventos no segundo semestre de 2020.

Como concessionária de um serviço de utilidade pública, ela tende a pagar dividendos de forma mais estável do que a maioria das empresas, como é o caso também das transmissoras de energia.

É preciso levar em consideração de que se trata de uma empresa controlada pelo Estado (Minas Gerais), de modo que decisões políticas podem interferir no preço da ação e nos dividendos, para mais ou para menos.

Já dá para investir?

Aqui você viu uma lista de retorno em dividendos, com uma breve análise do histórico da companhia, o que é insuficiente para tomar uma decisão de compra.

Além de olhar o DY, é recomendável buscar análises dos fundamentos das empresas, para conferir se os resultados foram excepcionais ou se podem se repetir ao longo dos próximos anos.

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