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Tesouro ou Bolsa: o que é melhor para viver de renda?

25/10/2022 04h00

Qual é a melhor forma de complementar a aposentadoria ou mesmo viver de renda: investir no Tesouro Direto ou na Bolsa?

Lembrando que na Bolsa existem não apenas ações de empresa, mas também fundos de investimento imobiliário (FIIs), dois tipos de ativos que geram renda.

Veja abaixo a rentabilidade atual do Tesouro, dos FIIs e de ações que pagam dividendos e saiba quanto eles podem gerar em renda mensal.

Tesouro Direto

O título do Tesouro Direto mais adequado para gerar renda é o chamado Tesouro IPCA com Juros Semestrais.

Esse papel acompanha a rentabilidade da inflação e, além disso, deposita o valor dos juros na sua conta duas vezes por ano, em maio e novembro.

A grande vantagem do Tesouro Direto é a segurança. Se você aguardar até a data de vencimento, as chances de você ter prejuízo são mínimas.

A segurança, no entanto, tem um preço. Se você quiser uma renda média de R$ 3.000 por mês com esse título hoje, precisaria ter um total de R$ 922 mil investidos. Para uma renda de R$ 5.000 mensais, o valor deveria ser de R$ 1,5 milhão; para R$ 10 mil, de R$ 3 milhões.

A necessidade de um investimento alto para sustentar essas rendas citadas ocorre porque a rentabilidade real do Tesouro IPCA com vencimento em 2032 está em apenas 3,9% ao ano, já descontando a inflação e o Imposto de Renda.

O título usado nessa simulação foi o Tesouro IPCA com vencimento em 2032. Considerei uma inflação de 5,6% ao ano, em linha com as expectativas de analistas consultados pelo Banco Central.

Fundos imobiliários

Os fundos de investimento imobiliário já trazem uma rentabilidade bem mais atraente. Para uma renda mensal de R$ 3.000, seria necessário ter investimentos de R$ 435 mil; para um ganho de R$ 5.000 por mês, R$ 725 mil, e para receber R$ 10 mil por mês, R$ 1,5 milhão.

Ou seja, com o mesmo valor aplicado (R$ 1,5 milhão) você receberia R$ 5.000 por mês no Tesouro ou R$ 10 mil mensais em FIIs.

Aqui estou considerando a rentabilidade dos fundos imobiliários do setor de logística, o meu preferido para longo prazo. A mediana do retorno em proventos desses ativos está atualmente em 8,3% ao ano. A simulação entende que o preço da cota desses papéis tende a acompanhar a inflação.

Ações que pagam dividendos

As ações são o investimento de maior risco entre os três tipos citados nesta coluna. Porém, a expectativa de ganho também é maior.

Vamos tomar como exemplo três empresas do setor elétrico que costumam pagar bons dividendos: Taesa (TAEE11), EDP Brasil (ENBR3) e Copel (CPLE6).

Em média, o retorno em proventos dessas companhias está hoje em 10,85% ao ano. Com isso, para gerar uma renda média de R$ 3.000 por mês, o investimento necessário seria de somente R$ 332 mil. Para R$ 5.000, o aporte deveria ser de R$ 553 mil, e para R$ 10 mil, R$ 1,1 milhão.

Conheça os riscos

Mais acima eu disse que o Tesouro seria a opção com risco mais baixo.

Em relação aos fundos imobiliários e às ações, existe o risco de esses ativos reduzirem o valor distribuído em proventos. Além disso, o preço das cotas dos FIIs e das ações podem não acompanhar a inflação, ou mesmo cair.

O investidor de FIIs e de ações pode perder parte do valor investido, ou mesmo o total, em casos mais raros.

Para evitar esse tipo de problema, vale a pena dividir o patrimônio em vários fundos imobiliários e/ou várias ações. As chances de se ter uma perda significativa caem muito.

De qualquer maneira, antes de investir em qualquer ação ou FII, vale a pena pesquisar análises de especialistas sobre aqueles ativos.

Alguma dúvida?

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