Cyrela e Hapvida: duas ações que merecem atenção hoje
Entramos na reta final de resultados do quarto trimestre e do fechamento de 2020. As empresas têm prazo até 31 de março para apresentar esses dados.
Hoje analisarei o momento da Cyrela, construtora e incorporadora que apresentou bons resultados, e da Hapvida, operadora de planos de saúde que trouxe pontos positivos e negativos com os impactos da pandemia. Ambas divulgaram seus resultados na noite de quinta-feira (18), após o fechamento do mercado.
O UOL Economia tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Belivacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.
Cyrela (CYRE3) - lucro líquido acima das expectativas
O resultado da Cyrela (CYRE3) veio bastante positivo, com destaque para o lucro líquido, acima das expectativas, e a forte geração de caixa.
A incorporadora apresentou números mornos de receita - R$ 1 bilhão no período, 9,2% inferior ao obtido no mesmo período de 2019. Bem diferente do lucro líquido, que somou R$ 271 milhões, um crescimento de 75,1% em relação ao mesmo período de 2019.
O bom resultado foi amplamente impactado pela venda, em outubro, dos lotes de ações suplementares das ofertas públicas de distribuição de ações da Cury e da Plano & Plano (IPOs), realizadas em setembro de 2020, com cerca de R$ 48 milhões.
O resultado de Cyrela foi impulsionado pelos números referentes à participação em suas controladas, R$ 21 milhões da Cury, R$ 17 milhões da Plano&Plano e mais R$ 20 milhões da Lavvi.
A Cyrela apresentou como destaque sua forte geração de caixa no período, de R$ 439 milhões. Por fim, a companhia divulgou dividendos a pagar no montante de R$ 418 milhões, um valor equivalente a R$ 1,087 por ação, que representa um retorno em dividendos de 4,5%.
Os dados refletem a resiliência das operações da Cyrela. Temos expectativa de um impacto positivo nos preços das ações (CYRE3) para o curto prazo.
Hapvida (HAPV3) - crescimento de receitas, mas também de despesas
A Hapvida (HAPV3) apresentou crescimentos sólidos, porém com redução de margens, um resultado misto em nossa visão.
A companhia operadora de planos de saúde apresentou receita líquida de R$ 2,27 bilhões no trimestre, aumento de de 27,3% em relação ao mesmo período de 2019. O crescimento da receita foi impactado pelas aquisições dos hospitais Medical, do Grupo São José, concluídas durante o período.
A sinistralidade ("custos dos serviços prestados") da companhia, porém, atingiu 66,5%, um aumento de 4,7 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado, impacto causado pela pandemia. Esse ponto chama a atenção. Com isso, o lucro líquido ajustado somou R$ 282 milhões, número praticamente igual ao do mesmo período de 2019.
O resultado veio com sinais mistos. Pelo lado positivo, houve crescimento de receita; pelo lado negativo, as despesas aumentaram.
O preço das ações da companhia (HAPV3) tende a se balizar cada vez mais pelas movimentações no preço das ações da Grupo Notredame Intermédica (GNDI3), devido ao anúncio da fusão entre as duas companhias.
Daqui para frente, os investidores com ações da Intermédica e da Hapvida devem observar os seguintes pontos: i) aprovação da fusão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE); ii) ganhos de sinergia com a fusão devido à complementaridade regional das operações e; iii) maior crescimento via aquisições e consolidação do setor de saúde, pois as duas companhias juntas possuem ainda menos de 20% por dos leitos hospitalares no país.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.