Usiminas e Hypera Pharma: duas ações com potencial no médio prazo
A partir de hoje, voltamos a analisar resultados do primeiro trimestre das empresas listadas na Bolsa. Na sexta-feira (23), a Usiminas (USIM5) e a Hypera Pharma (HYPE3) deram a largada na temporada. Ambas apresentaram resultados bons.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Belivacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.
HYPERA PHARMA: Bons números, mas dentro do esperado
Os resultados da Hypera Pharma (HYPE3) chegam com as ações da companhia já em alta. Em meados de abril, a empresa apresentou seus projetos futuros no Hype Day 2021. O mercado gostou do que viu e, desde então, as ações valorizaram pouco mais de 6%. Só na sexta-feira, a valorização foi de 1,59%.
Os números do primeiro trimestre do ano vieram bons. O principal destaque foi o forte crescimento da receita líquida (46,1% em comparação com o mesmo período do ano passado), alcançando R$ 1,17 bilhão. Parte desse crescimento se deve à incorporação do portfólio da Takeda e Buscopan, adquiridas recentemente, mas também pelo bom desempenho do sell-out (venda para distribuição) com crescimento de 11,5%, 2 pontos percentuais acima do mercado.
A empresa também ganhou eficiência, reduzindo as despesas operacionais (marketing, vendas e administrativas) de 39,8% para 36,0% da receita líquida (R$ 422 milhões no período).
Os pontos negativos foram a redução na margem bruta (66,6% no 1T20 para 64,3% neste trimestre) e na margem de lucro líquido (de 30,4% no 1T20 para 26,3% agora). As perdas se devem à alta do dólar, que afetou o custo dos insumos de medicamentos, e ao aumento da despesa financeira com o endividamento para a aquisição da Takeda.
Apesar de bons, os números não apresentaram surpresas. No curto prazo, as ações HYPE3 devem sofrer impacto negativo, com possível movimento de realização de lucros. No médio prazo, porém, percebo uma avenida de crescimento interessante, com a expansão gradual da capacidade produtiva da companhia. É preciso ficar atento à questão do câmbio: o dólar em patamares altos prejudica a rentabilidade da companhia. Num horizonte mais longo, com expectativa de dólar favorável, as ações devem valorizar com a redução gradual de custos absorvidos pela operação.
USIMINAS: Recordes de rentabilidade
A Usiminas (USIM5) abriu a temporada de resultados do trimestre ao divulgar seus números na manhã da última sexta (23), antes da abertura do mercado. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, os números nem parecem ser da mesma companhia. O momento vivido pelo mercado de minério de ferro e do aço levou a companhia a recordes de rentabilidade:
i) Receita líquida trimestral no maior patamar desde 2009, com alta de 29% (R$ 7,06 bilhões).
ii) Ebitda em alta de 64% na comparação com o quarto trimestre do ano passado (R$ 2,39 bilhões), margem recorde de 33,8%.
O lucro líquido caiu na comparação com o trimestre anterior (de R$ 1,9 bilhão para R$ 1,2 bilhão), mas isso não afetou a geração de caixa da companhia. No final do ano passado, esse dado havia sido impulsionado por efeitos de reversão de avaliação de ativos (impairment), além do ganho no resultado financeiro de R$ 220 milhões com a variação cambial.
A empresa aproveita o excelente momento no mercado de aço, com diversos fatores favoráveis: demandas externa e doméstica fortes, oferta restrita, câmbio em patamares altos, aumento da produção da companhia após o religamento de alto-fornos e repasse de preços sem dificuldades.
Na sexta, as ações USIM5 oscilaram durante o pregão, fechando em leve queda de 0,27%, com equilíbrio entre a realização de lucros e movimento de compra pelo resultado. Continuamos com olhar positivo para a companhia, pela continuidade de bons indicadores para o setor, mais espaço para repasse de preços no aço e retorno do volume de vendas de minério de ferro.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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