Multiplan, Apple e Facebook: ações para prestar atenção hoje
No Investigando o Mercado de hoje, analiso os resultados da Multiplan (MULT3), uma das maiores empresas de shopping centers do Brasil, e da Apple (AAPL34) e do Facebook (FBOK34) que, apesar de listadas nos EUA, têm BDRs em negociação na B3. Os três resultados foram divulgados ontem (28), após fechamento dos mercados. Os resultados das três formam um retrato fiel dos impactos da pandemia no modo de vida das pessoas.
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.
Multiplan (MULT3): Resultados fracos no mundo físico
Os números da Multiplan (MULT3) vieram fracos, bastante comprometidos pelas restrições de circulação impostas pela pandemia no primeiro trimestre do ano. A receita líquida recuou em 18,4% no ano contra ano, registrando R$ 266 milhões no primeiro trimestre do ano. A queda foi puxada pela contração nas receitas de estacionamento, de 45,6%, e nas receitas com aluguel, queda de 20,7% na comparação anual.
Para agravar a situação, os gastos da companhia aumentaram significativamente, com destaque para o aumento de 100% em despesas com lojas vazias, que totalizaram R$ 57 milhões no trimestre. Dessa forma, o lucro operacional recuou 32,5%, contabilizando R$ 201 milhões no período. Em relação ao nível de endividamento, a companhia encerrou o período com dívida líquida de R$ 2,17 bilhões, aumento de 1,1%.
Além de fracos, os números vieram bem abaixo das expectativas. Esperamos impacto negativo para os preços de sua ação (MULT3) para o curto prazo.
Apple e Facebook: Resultados soberbos no mundo digital
Apple (AAPL34) e Facebook (FBOK34), por sua vez, apresentaram resultados fortes, acima do esperado em praticamente todas as linhas. A receita líquida do Facebook foi de US$ 26,1 bilhões, crescimento de 48% na comparação anual e 10 pontos percentuais acima das expectativas. O resultado foi impulsionado pelos aumentos de 30% no preço por anúncio e de 12% no número de anúncios entregues.
O resultado operacional também veio forte: US$ 11,3 bilhões, crescimento de 93% no ano contra ano. A margem operacional pulou de 33% para 43%. O lucro por ação alcançou o patamar de US$ 3,30 e bateu as estimativas, que giravam na casa dos US$ 2,34 por ação.
A Apple apresentou receita líquida de US$ 89,58 bilhões, recorde para um primeiro trimestre, e crescimento de 54% na comparação anual. Todos os segmentos desempenharam bem, com destaque para as linhas Iphone, Mac e Ipad. Acessórios e serviços tiveram desempenho mais tímido, com taxas de crescimento menos robustas. A margem bruta expandiu de 38,36%, atingindo 42,5%. Além disso, a margem operacional alcançou o patamar dos 30,7%: um salto superior a 8 pontos percentuais. O lucro por ação foi de US$ 1,40, contra US$ 0,64 no mesmo período do ano passado.
Esperamos impacto positivo nas ações FB e APPL no curto prazo, com especial destaque para Facebook, cujos resultados se destacaram na comparação com as demais big techs. A base de usuários diários ativos, considerando todas as plataformas da companhia (Facebook, Messenger, WhatsApp, Instagram), ficou no patamar 2,72 bilhões ao final do trimestre, crescimento de 15% na comparação anual. A base de usuários mensais ativos foi de 3,45 bilhões: crescimento de 15% contra o 1T20.
Até o momento, avaliamos o Facebook com o resultado mais forte das FAAMNG's, juntamente com o Google, refletindo o bom momento para o mercado de publicidade digital.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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