Vale de olho na sustentabilidade, e Ambipar compra empresa; e as ações?
Hoje vamos conversar sobre novidades ambientais apresentadas pela Vale (VALE3) e mais uma aquisição realizada pela Ambipar (AMBP3).
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Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os assinantes do UOL.
Vale anuncia composto de minério menos poluente
A Vale (VALE3) comunicou ao mercado na manhã de ontem (9) o lançamento de um novo produto capaz de reduzir em até 10% as emissões de gases do efeito estufa na produção de aço. O produto é o briquete verde, que começou a ser desenvolvido em 2004 e reduz a dependência de um processo que utiliza intensivamente combustíveis fósseis.
A produção deve começar em 2023 com capacidade inicial de 7 milhões de toneladas por ano, mas poderá superar 50 milhões de toneladas por ano no longo prazo, reduzindo as emissões em cerca de 6 milhões de toneladas de carbono equivalente por ano. A medida traria economias para a empresa, visto que a expectativa é de alta no preço do crédito de carbono no longo prazo.
O novo produto faz parte da meta de redução de emissões da empresa, que espera zerar suas emissões líquidas até 2050. A Vale espera investir entre US$ 4 e 6 bilhões para reduzir em 33% as emissões até 2030. No projeto anunciado ontem, ela investirá US$ 185 milhões para converter duas usinas de pelotização em Vitória (ES) e para construir nova planta em Minas Gerais.
A Vale também atualizou seu guidance de desembolso de caixa para 2021, reduzindo as estimativas de investimentos de US$ 5,8 para US$ 5,4 bilhões, além de despesas com a manutenção do desastre de Brumadinho entre US$ 2,7 e US$ 3,2 bilhões.
Vemos a iniciativa como positiva. Na medida em que investe em novas tecnologias e soluções para reduzir as emissões de carbono de sua cadeia, a Vale, poluidora por natureza, diminui riscos ESG. Não esperamos, porém, impactos relevantes no curto prazo. O projeto não possui um investimento considerável e só deve gerar resultados no longo prazo.
Ambipar segue plano de expansão e compra a canadense Lynx
A Ambipar (AMBP3), empresa especializada em serviços de gestão de resíduos e emergências ambientais, anunciou ontem (9) a aquisição da empresa canadense Lynx, através de sua subsidiária Ambipar Holding Canadá. O valor da transação não foi divulgado.
A Lynx atua em atendimentos de emergências ambientais e serviços industriais, com foco nos modais rodoviário e industrial. A companhia possui base operacional no estado de British Columbia, no Canadá, e teve faturamento de C$ 4,5 milhões (dólares canadenses) nos últimos 12 meses. A Lynx se tornará a Ambipar Response e contará com gestão estratégica e estrutura do Grupo Ambipar para impulsionar seu crescimento no mercado norte-americano.
A aquisição é positiva para as ações da Ambipar (AMBP3), que encerraram o pregão ontem (9) com valorização de 2,51%, visto que segue em linha com o plano de expansão da companhia. Essa é a décima aquisição da Ambipar na América do Norte, que passa a contar com 24 bases na região.
Para o Grupo Ambipar, a aquisição: (i) expande geograficamente a presença da companhia na América do Norte; (ii) amplia a capilaridade de atendimento, reduzindo o tempo de resposta; (iii) gera sinergias operacionais, administrativas e oportunidades de cross selling; em linha com o seu plano estratégico de crescimento, com captura de sinergias e potencial maximização das margens e retorno.
A Ambipar esclareceu que a aquisição não precisará ser submetida à aprovação de seus acionistas, visto que foi realizada por meio de sua subsidiária, de capital fechado, e o preço pago não ultrapassa uma vez e meia o maior dos três valores previstos no artigo 256, II da Lei no 6.404/76.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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