Lucro de US$ 223,4 mi da PetroRio é baixo perto do potencial da empresa
Hoje comentaremos os resultados da PetroRio referentes ao primeiro trimestre deste ano, quando a petrolífera obteve lucro expressivo e reverteu o prejuízo reportado um ano antes.
Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
PetroRio lucra US$ 223,4 milhões no primeiro trimestre
A PetroRio (PRIO3), petrolífera brasileira que tem crescido exponencialmente nos últimos anos por meio da aquisição de ativos da Petrobras (PETR4), divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2022 na noite de quarta-feira (4).
Os números reportados pela companhia vieram fortes, impulsionados pelo aumento da produção, que cresceu 12,4% em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, e pela alta de 77,3% do preço médio do barril de petróleo, que ficou em US$ 110,30 no trimestre.
O custo de produção da empresa também foi reduzido no período, atingindo US$ 11,20 por barril de óleo, contra US$ 11,80 no trimestre imediatamente anterior e US$ 14,30 no primeiro trimestre de 2021.
Assim, a receita líquida no trimestre foi de US$ 309,7 milhões, um aumento de 159% em relação ao mesmo período de 2021. O campo de Frade segue sendo o principal ativo da empresa, respondendo por 56,7% da receita total.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou US$ 225,3 milhões no período, um crescimento de 203% na comparação anual.
Assim, o lucro líquido auferido pela PetroRio no primeiro trimestre deste ano atingiu US$ 223,4 milhões, revertendo prejuízo de US$ 12 milhões reportado um ano antes.
A cifra é impressionante, mas ainda é pequena se comparada ao potencial ainda não explorado pela petrolífera. Boa parte dos ativos que compõem o portfólio da PetroRio ainda estão em fase inicial de exploração, e novas aquisições podem estar a caminho.
Em abril, foi anunciada a compra de 90% do campo de Albacora Leste da Petrobras, o maior ativo adquirido pela companhia até aqui. Com a compra, conforme comentado em informativo, a produção total da companhia praticamente duplica. Além disso, o negócio será financiado por recursos que já estão em conta.
Também em abril, a PetroRio iniciou a campanha de revitalização do campo de Frade, que terá a perfuração de um poço produtor e dois poços injetores, o que deve aumentar a produção do campo no futuro e estender sua vida útil.
Além disso, a petrolífera segue negociando a aquisição do campo de Albacora, ainda maior do que o de Albacora Leste, com a Petrobras. Caso concretizada, a transação teria potencial para mudar a companhia de patamar.
Na quinta-feira (5), apesar dos bons resultados, as ações da PetroRio fecharam em queda de 2,85%, cotadas a R$ 26,55.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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