Licitação de novo terminal no Porto de Santos fica para depois das eleições
Após o cancelamento de grandes leilões de infraestrutura neste ano, o governo, novamente, decide postergar uma nova licitação prevista para esse ano.
A revisão para o novo terminal do Porto de Santos, conhecido como STS10, ocorre devido a questões concorrenciais, além de problemas apontados nos estudos feitos pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL), que deverão ser solucionados.
Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
No que se refere à questão concorrencial, há incerteza quanto à acomodação das cargas hoje movimentadas na área onde será instalado o STS10, no qual atuam hoje três terminais menores e que deverão reorganizar suas atividades com a chegada dos contêineres.
No caso dos estudos realizados pela EPL, verificou-se que o investimento inicialmente calculado para o empreendimento, cerca de R$ 2,2 bilhões, deverá ser atualizado em cerca de 50%, devido à alta acentuada nos preços dos principais insumos desde a época do cálculo inicial.
Desta forma, diante da necessidade dessas atualizações, a licitação, que visa ampliar em até 40% a capacidade de movimentação de contêineres no porto, encontra-se em estágio anterior ao que se encontra hoje o processo de privatização da Santos Port Authority (SPA), que está condicionada ao resultado da eleição presidencial deste ano.
Caso o atual presidente Jair Bolsonaro seja reeleito, é esperado que a privatização seja concluída no primeiro semestre de 2023, com a licitação do terminal ficando a cargo dos novos sócios privados do porto de Santos.
Em contrapartida, se a vitória for do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a expectativa é que a privatização não seja levada adiante, com o terminal sendo posteriormente leiloado pelo Poder Público.
O novo terminal teria o potencial de atrair cerca de R$ 1 bilhão em outorga, podendo esse valor ser turbinado em caso de privatização, de modo a compensar o governo pela perda do recurso. Nesse sentido, o cenário de privatização poderá incluir ainda demandas extras, como a manutenção de uma área no STS10 para preservar a movimentação dos veículos e dos equipamentos eólicos por parte dos novos sócios privados.
Por fim, estima-se que o STS10 terá capacidade similar aos terminais da Brasil Terminal Portuário (BTP) e da Santos Brasil, que hoje disputam a liderança na movimentação de contêineres.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
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