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ANÁLISE

Quais as expectativas para o mercado cripto em 2023?

Confira o que esperar das criptomoedas, como bitcoin e ether, no ano que vem - Reprodução/ Pixabay
Confira o que esperar das criptomoedas, como bitcoin e ether, no ano que vem Imagem: Reprodução/ Pixabay

Nicolas Meireles Nogueira

28/12/2022 04h00

O ano de 2022 foi um dos mais complicados da história para os entusiastas de criptoativos: o bitcoin abriu janeiro cotado a R$ 266 mil e está encerrando dezembro abaixo dos R$ 90 mil, com desvalorização de quase 67%, segundo dados recentes do CoinGecko.

Para as demais criptomoedas, o cenário não é diferente; a maioria delas, como ether, cardano, solana e dogecoin, enfrentou perdas semelhantes ou maiores do que as do bitcoin. Somado a isso, está a falência de empresas do setor como a corretora FTX e as plataformas Celsius, Voyager e BlockFi.

Nessa linha, diante das dificuldades encaradas pelos criptoentusiastas em 2022, fica a pergunta: O que esperar do próximo ano? Se quer ter uma noção do vem por aí no mercado cripto em 2023, é só seguir com a gente!

Investidores e empresas acumulam bitcoin

A desvalorização do bitcoin não pode ser encarada como algo irreversível: assim como já ocorreu diversas outras vezes, a criptomoeda deve se recuperar em algum momento. Ainda que não seja possível cravar quando isso vai acontecer, uma das melhores alternativas para entender a expectativa do mercado sobre o ativo é acompanhar o comportamento dos investidores e das empresas.

Assim, 72% da oferta total de bitcoin está nas mãos dos investidores de longo prazo, segundo dados de dezembro da Glassnode, que realiza pesquisas sobre a blockchain. Além disso, 17% de toda a oferta atual de bitcoin é possuída por empresas. Isso indica que há muitas companhias apostando o próprio dinheiro —e o futuro do negócio— no sucesso da criptomoeda, mesmo após tantas quedas.

De forma geral, ambas as estatísticas mostram que há muitos investidores e empresas que estão "ignorando" o momento ruim vivido pelo bitcoin porque acreditam que a criptomoeda vai continuar dando certo a médio e longo prazo, mesmo que o momento atual possa parecer incerto.

Há vida além do bitcoin

O setor DeFi, ou das finanças descentralizadas, sofreu um forte baque com as quedas de preços nos últimos meses. Por conta disso, muitos investidores sacaram dinheiro de protocolos descentralizados para deixá-lo investido em projetos maiores —como o do próprio bitcoin.

A lógica também se aplica a outros setores do universo cripto, como NFTs, games na blockchain e ao metaverso, por exemplo. Se, em 2021, fundos investiram milhões em projetos do gênero, a maior parte do interesse e do dinheiro sumiu em 2022.

No entanto, ainda há demanda do mercado por soluções diferentes na área dos criptoativos. Os NFTs, por exemplo, são uma tecnologia que deve decolar nos próximos anos, já que funcionam como registro imutável de propriedade na blockchain, o que é útil para atividade cartorária, indústria artística, propriedade intelectual, ingressos e outras aplicações.

O metaverso, por sua vez, é uma daquelas novidades que veio para ficar, pois permite uma interação intensa entre pessoas de todo o planeta. Já há diversas empresas — como Coca-Cola e Adidas— apostando nesta tecnologia, além do próprio Facebook, que virou "Meta" para focar no setor.

Desta maneira, mesmo com as dificuldades, há muita coisa importante acontecendo no mercado cripto; em outras palavras, o setor está longe de morrer, apesar do medo causado nos investidores por algumas manchetes catastróficas na cobertura das moedas digitais.

Regulamentação robusta

As tragédias que marcaram o mercado cripto em 2022 não passaram despercebidas pelas autoridades: nos Estados Unidos, a regulamentação dos criptoativos foi discutida diversas vezes no Congresso e deve passar pelo trâmite para virar lei nos próximos meses.

A expectativa, para os EUA, é que seja aprovada uma lei robusta para obrigar as corretoras a manter condições suficientes de liquidez, ou seja, permitir que os usuários saquem os próprios recursos sem enfrentar atrasos ou bloqueios. O país também deve exigir, das empresas, a identificação dos usuários para evitar golpes e lavagem de dinheiro com criptos.

No Brasil, a situação é mais previsível: o marco regulatório dos criptoativos foi publicado em 22 de dezembro e entrará em vigor em seis meses —ou seja, no meio do ano seguinte. A lei obriga as corretoras que desejam atuar no país a se registrarem, o que deve trazer segurança aos investidores.

Por conta de todos estes fatores, há motivos para ter esperanças para 2023: o mercado cripto estará mais regulado, seguro e com diversos projetos que andavam por fora dos holofotes voltando à tona!

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