Quanto custa investir em ações? Entenda as taxas de operação
Em geral, quem está começando a investir em ações, principalmente valores pequenos, esquece de que existem taxas de operação. Quais são essas taxas, elas podem impactar na sua rentabilidade? A dúvida foi respondida no Papo com Especialista, programa semanal, ao vivo, do UOL Economia+.
O economista César Esperandio explicou que existe uma taxa que pode até gerar prejuízo ao investidor. Confira a resposta abaixo para entender qual taxa é essa e conhecer todas as taxas cobradas, antes de investir em ações.
O Papo com Especialista é transmitido sempre às quartas-feiras, das 12h30 às 13h30, na página inicial do UOL e do UOL Economia+. O programa é exclusivo para assinantes e, após a transmissão ao vivo, fica disponível para consulta.
Corretoras isentaram ou diminuíram o valor da taxa
Uma das taxas cobradas para quem investe em ações é a taxa de corretagem —cobrada pelas corretoras a cada transação de compra e venda de ações. É essa taxa que pode fazer a rentabilidade do investidor ficar menor. Esperandio afirmou que a maior parte das corretoras já zerou ou diminuiu o valor da taxa de corretagem para as operações na Bolsa.
Segundo ele, o investidor deve, primeiro, checar se a corretora cobra taxa de corretagem e, se cobrar, verificar de quanto é esse valor. "O valor deve corresponder a um percentual pequeno em relação ao investimento que você vai fazer", disse.
Ele deu um exemplo: se você compra 10 ações por R$ 100 e as vende a R$ 110, seu "lucro", em tese, é de R$ 10. "Mas, se a corretagem foi de R$ 10 na hora da compra e de R$ 10 na venda, na verdade você teve prejuízo de R$ 10, ao descontar essas taxas", explicou.
Para o economista, o pequeno investidor é quem, muitas vezes, é mais impactado por essa taxa de corretagem. Por isso, vale a pena encontrar corretoras que não cobram essa taxa.
Outras taxas importantes nessa operação são:
- ISS (Imposto sobre o Serviço): imposto (9,65%) que incide sobre a taxa de corretagem;
- Taxa de Custódia: é uma taxa cobrada pelas corretoras para "guardar" as ações que você tem. Hoje, grande parte das corretoras zeraram essa taxa também;
- Imposto de Renda: aqui vale a regra de movimentação. Se você vender até R$ 20 mil em ações em um mês, você está isento. Passou desse valor, você paga 15% de IR sobre o lucro que você teve na venda;
- Emolumentos: essa taxa é cobrada pela Bolsa (B3) por cada transação que você faz; e ela varia de acordo com a operação e valor investido. Fique atento!
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