IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Governo libera verba e gasto da greve com militares deve chegar a R$ 193 mi

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

31/05/2018 11h28

O governo federal liberou R$ 80 milhões para as Forças Armadas em razão da atuação dos militares durante a greve dos caminhoneiros, que começou na semana passada. A liberação consta na edição extra do DOU (Diário Oficial da União) publicada na noite da última quarta-feira (30). Com essa liberação, a ação dos militares durante a greve deverá custar em torno de R$ 193 milhões.

A Operação São Cristóvão foi iniciada no último dia 25, depois que o presidente Michel Temer (MDB) autorizou a ação GLO (Garantia de Lei e da Ordem) com foco na lberação de estradas e na garantia de abastecimento de alimentos e combustíveis pelo país.

Leia também

Inicialmente, o governo havia garantido R$ 113 milhões para a ação. Mas os militares argumentaram que a extensão da greve e o emprego de mais pessoal nas ações teria elevado os custos em pelo menos mais R$ 80 milhões. 

Forças militares atuaram em diversos estados do Brasil com o uso de caminhões, veículos blindados e até helicópteros para fazer a escolta de comboios de caminhoneiros que queriam deixar os bloqueios nas rodovias.

De acordo com o Ministério da Defesa, a Operação São Cristóvão está sendo coordenada pelas Forças Armadas, mas conta com o apoio de 22 agências governamentais. 

Ao longo da paralisação, ficou constatado que parte dos caminhoneiros defendia bandeiras como a intervenção militar em resposta à crise política.

O apelo pelas Forças Armadas entre os caminhoneiros causou preocupação no Palácio do Planalto. Havia o temor sobre como a possível complacência ou simpatia dos militares em relação aos grevistas poderia criar um clima de instabilidade dentro das próprias Forças Armadas.

O temor cresceu a tal ponto que, na última terça-feira (29), o ministro do GSI (Gabinete da Segurança Institucional), Sergio Etchegoyen, veio a público para rechaçar os temores de que militares poderiam estar cogitando um golpe. “Não vejo nenhum militar, não vejo Forças Armadas pensando nisso”, disse.