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Veja as 4 ações da Bolsa mais indicadas pelas corretoras para março

Márcio Anaya

Colaboração para o UOL, em São Paulo

02/03/2021 04h00

A Vale lidera a relação das principais ações recomendadas para março, com seis apontamentos, entre oito corretoras monitoradas pelo UOL Economia+. É o terceiro mês consecutivo em que a mineradora fica no topo das preferências dos analistas de investimento. Outras três companhias também foram destaque.

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Confira a seguir a relação completa*:

  • Vale (VALE3): 6 recomendações
  • B3 (B3SA3): 5 recomendações
  • Suzano (SUZB3): 5 recomendações
  • Petrobras PN (PETR4): 4 recomendações

*Levantamento feito com base nas carteiras recomendadas pelas seguintes instituições: Ágora Investimentos, BB Investimentos, BTG Pactual, Guide Investimentos, Mirae Asset Corretora, MyCap Investimentos, Necton Investimentos e Planner Corretora.

Situação fiscal e exterior preocupam

O principal índice da B3, o Ibovespa, terminou fevereiro com queda de 4,4%, o segundo resultado negativo do ano —atingindo uma perda acumulada de 7,5%.

"Associamos o fraco desempenho do Ibovespa em fevereiro ao aumento das preocupações com a situação fiscal do país e à possibilidade de elevação mais cedo ou mais tarde das taxas de juros nos EUA, o que seria especialmente negativo para países com situação fiscal frágil, como o Brasil", diz o BTG Pactual, em relatório.

O tumultuado processo de troca no comando da Petrobras também impactou a Bolsa, diz a instituição. No mês passado, após um novo reajuste de preços nos combustíveis por parte da companhia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) indicou o general Joaquim Silva e Luna para o lugar de Roberto Castello Branco, mudança que ainda depende de aprovação dos acionistas.

Nas próximas semanas, o BTG acredita que o país estará se aproximando de momentos decisivos para as contas fiscais, com implicações importantes para as taxas de juros de longo prazo e para a precificação das ações em Bolsa.

O banco destaca que a piora das condições financeiras no exterior e preocupações com as contas públicas do Brasil levaram investidores estrangeiros a retirar recursos da B3. Pelos cálculos da instituição, as saídas foram equivalentes a R$ 10 bilhões nos últimos dias.

Apesar do resultado, o BTG pondera que as entradas de capital externo na Bolsa permanecem consideráveis no acumulado do ano, "acompanhando a tendência global de maior apetite por mercados emergentes".

Na BB Investimentos, a avaliação é de que o Ibovespa indica uma tendência "declinante" em março, vinculada a um panorama externo desfavorável. "A velocidade da vacinação e a manutenção do lockdown [restrição à circulação de pessoas e fechamento de comércios e serviços não essenciais] em alguns países ainda trazem incertezas."

Vale lucra e se mantém no topo

A Vale aparece em seis das oito carteiras de ações monitoradas pelo UOL Economia+ neste mês. Na semana passada, a mineradora divulgou ter fechado o quarto trimestre de 2020 com um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões, ante prejuízo de R$ 6,4 bilhões apurado um ano antes.

Em relatório, a Mirae Asset Corretora ressalta que a companhia encerrou 2020 com uma "excelente estrutura de capital" e pretende investir US$ 5,8 bilhões neste ano, uma alta de 31% em base anual.

B3 e Suzano têm cinco indicações

As ações da B3 e da Suzano acumulam cinco recomendações em março, figurando como novidades nos portfólios selecionados pelo BTG Pactual e BB Investimentos, respectivamente.

A Bolsa divulga seu balanço financeiro de 2020 na próxima quinta-feira (4), e a expectativa do BTG é de que os resultados sejam "muitos fortes".

No caso da Suzano, a BB Investimentos observa que o mercado internacional de celulose tem mostrado os primeiros sinais de um possível reaquecimento. Nesse cenário, diz a corretora, a liderança global da empresa lhe confere um papel de protagonista, como mostrou recentemente, tendo encabeçado os aumentos de preços.

Petrobras se sustenta após polêmica

Mesmo com a saída de suas carteiras recomendadas, as ações preferenciais da Petrobras receberam quatro indicações e figuram entre os destaques de março, conforme acompanhamento do UOL Economia+.

Uma das instituições que manteve os ativos foi o BTG. Em relatório, o banco afirma que não está claro se haverá alguma mudança na política de preços ou na venda das refinarias da estatal —fato que talvez possa ser até mais importante, pondera. "Embora seja difícil fazer uma análise sobre essas questões cruciais, após a recente correção das ações, decidimos que o risco-retorno é favorável."

A petrolífera divulgou ontem mais um reajuste nos combustíveis, a partir desta terça-feira (2).

As corretoras que optaram por excluir os papéis da empresa das recomendações deste mês foram a Ágora Investimentos e a Guide.

"Optamos por retirar as ações da Petrobras diante do aumento das incertezas em relação à política de preços dos combustíveis e outras eventuais mudanças que possam afetar sua tese de investimentos", diz a Ágora.

Na Guide, o relatório mensal não traz nenhum comentário específico sobre a estatal, mas diz que fevereiro foi marcado "pela grande perda de confiança do investidor após o presidente Jair Bolsonaro anunciar substituição no comando da Petrobras e citar que a empresa deve ter um apelo social, colaborando na implementação de um cenário de maior volatilidade e incertezas, com consequente fuga de investimentos estrangeiros".

Alterações e portfólios completos indicados

Ágora Investimentos

BB Investimentos

BTG Pactual

Guide Investimentos

Mirae Asset Corretora

MyCap Investimentos

Necton Investimentos

Planner Corretora

O preço e o desempenho das ações podem ser conferidos na página de cotações do UOL Economia.

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