Ter dinheiro suficiente para parar de trabalhar e viver de renda é um sonho de muitos. Mas como se aposentar cedo? Contratar um plano de previdência privada é uma boa opção para esse objetivo?
No Papo com Especialista, programa ao vivo do UOL, a planejadora financeira Lueny Santos diz que a previdência privada pode ou não fazer parte da sua carteira e que a melhor aplicação de longo prazo é a diversificação.
Leia abaixo a análise da planejadora financeira e assista ao programa completo do dia 1º de setembro, que é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e transmitido semanalmente, às quintas-feiras, das 16h às 17h.
Para também ter sua dúvida respondida no programa, envie sua questão para o Papo pelo email uoleconomiafinancas@uol.com.br.
Previdência é o melhor para se aposentar?
Não necessariamente. Lueny diz que a previdência privada é um produto de investimento que pode ou não ser voltado para a aposentadoria. "A previdência tem características específicas, e ela pode ou não fazer parte da sua carteira de investimentos", afirma.
Existem dois tipos de planos de previdência privada: VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), sendo que a principal diferença é a cobrança de imposto de renda. Entenda mais sobre eles aqui.
Como investir para ter renda lá na frente?
Em geral, diz Lueny, grande parte das pessoas tem redução de renda na hora da aposentadoria, já que param de trabalhar, o que piora sua qualidade de vida. Para evitar isso, é necessário pensar na aposentadoria desde cedo. Ou seja, entender qual o valor que você vai guardar hoje para, daqui a algum tempo, conseguir retirar o valor pretendido, afirma a planejadora.
Adiar essa decisão pode custar caro: ao demorar para fazer esses investimentos, você perde a vantagem dos juros sobre juros.
Ela diz que é importante escolher um investimento de longo prazo que tenha rentabilidade real, acima da inflação. Em média, é possível encontrar uma rentabilidade de 4% acima da inflação em diversos investimentos.
Uma forma simples de saber quanto você precisa guardar é multiplicar por 300 o valor de renda mensal desejado. Hoje, ter R$ 1 milhão rende hoje R$ 3.333 por mês. Se o plano é se aposentar em algumas décadas, esse valor precisa ser corrigido com a inflação. Ao multiplicar o valor mensal desejado por 300, segundo Vivian, você já está considerando uma rentabilidade real, acima da inflação, de 4%.
Vale investir em renda variável para juntar dinheiro para o futuro?
Lueny diz que, uma vez que você sabe qual montante guardar para ter uma aposentadoria tranquila, o próximo passo é escolher as opções de investimentos disponíveis para o longo prazo.
"O melhor investimento para a aposentadoria é ter investimentos diversificados. Não existe apenas um", declara. Para ela, uma carteira diversificada pode ter um pouco de cada classe de ativos, seja em renda fixa, seja em renda variável.
Na renda variável, você não conhece o retorno das suas aplicações. Por isso, investir ou não em renda variável vai depender da sua disposição para correr riscos, segundo Lueny. "Consequentemente, a partir do momento em que você assume mais risco, você tem a possibilidade de ter uma rentabilidade um pouco maior, comparada à da renda fixa", afirma. No longo prazo, os altos e baixos desse tipo de investimento acabam compensando.
Como sacar a previdência privada no futuro
Lueny explica que a previdência é um fundo, e não um título. Existem fundos de previdências de várias classes de ativos, como de renda fixa, fundos previdenciários multimercado, fundos previdenciários de ações, etc.
"Neste caso [fundos de previdência de ações], eles montam uma projeção de quanto você vai conseguir sacar. Mas não é garantia, até porque isso depende da sua responsabilidade de quanto vai colocar lá por mês", diz.
Para você saber se poderá tirar o dinheiro todo ou sacar um valor por mês, leia mais sobre os tipos de saques possíveis.
Basicamente, é possível tirar o dinheiro de três formas. É possível tirar o dinheiro todo de uma vez e transferir para outro investimento, tirar conforme a necessidade respeitando uma carência de 60 dias, ou transformar o valor em uma renda temporária ou vitalícia.
No caso desta última opção, o investidor perde o direito ao dinheiro - ele troca o valor acumulado pela renda. Assim, não é possível deixar o dinheiro para os filhos ou herdeiros.
É preciso verificar na hora de fechar o contrato quais são as opções disponíveis para aquele produto - cada fundo pode ou não permitir essas modalidades de saque.
Vale fazer plano de previdência privada para os filhos?
Sim, diz Lueny. Para isso, os pais podem abrir uma conta na corretora ou no banco em nome do filho para fazer o plano de previdência.
Para ela, neste caso vale contratar uma previdência progressiva (a porcentagem da alíquota aumenta conforme a renda do seu filho). Como ele não irá trabalhar nos primeiros anos da vida, essa alíquota será baixa. "Quando ele começar a trabalhar e se não for precisar daquele dinheiro, pode fazer a mudança para a tributação regressiva", afirma.
Previdência oferecida pela empresa vale a pena? O que acontece se você mudar de emprego?
A planejadora financeira diz que o importante é você entender a política adotada pela sua empresa.
"No geral, normalmente, as empresas têm duas possibilidades: se o funcionário ficar por mais de cinco ou dez anos, o valor que a empresa colocou na previdência fica para o funcionário. Se ele sair antes desse período, ele só fica com o dinheiro que foi descontado do seu contracheque", explica.
Mas o fundo previdenciário vai continuar existindo. Por isso, segundo Lueny, o funcionário pode manter a previdência. Ele pode escolher entre continuar colocando dinheiro ou deixar o que já foi investido lá, tornando a previdência um produto da sua carteira de longo prazo. Essa aplicação vai continuar rendendo, como qualquer outro produto de investimento.
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