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Dólar fecha em queda e vale R$ 3,801, apesar de corte da nota do Brasil

Do UOL, em São Paulo

15/10/2015 17h09Atualizada em 15/10/2015 17h09

O dia foi de sobe e desce, mas o dólar comercial fechou esta quinta-feira (15) com queda de 0,32%, valendo R$ 3,801 na venda.

Essa foi a segunda queda seguida da moeda norte-americana. Na véspera, o dólar havia fechado com baixa de 2,08%. 

Em outubro, o dólar acumula queda de 4,16% e no ano, valorização de 42,95%.

Cenário nacional 

Pela manhã, a agência de classificação de risco Fitch cortou a nota da dívida do Brasil de "BBB" para "BBB-", mas manteve o país com o selo de bom pagador.

Logo após a notícia, o dólar chegou a subir mais de 1%, mas a alta perdeu força ao longo do dia. Na avaliação de analistas, o corte já era esperado.

"O mercado só vai reagir com bastante força quando houver de fato uma retirada do grau de investimento", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado à agência de notícias Reuters. "Por enquanto, [a decisão da Fitch] deixa o mercado com o radar ligado, mais sensível a altas".

O mercado também continuava atento ao cenário político e econômico brasileiro. Operadores não descartavam a possibilidade de o real voltar a se desvalorizar por preocupações com um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Cenário internacional

Investidores também olharam com a atenção para a divulgação de dados da economia dos Estados Unidos. A inflação no país caiu 0,2% em setembro, maior queda em oito meses. Além disso, os novos pedidos de auxílio-desemprego voltaram a cair ao menor nível em 42 anos na semana encerrada em 10 de outubro.

Com isso, o mercado voltou a especular sobre a possibilidade de o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) aumentar a taxa de juros no país ainda neste ano.

Taxas de juros mais altas nos Estados Unidos podem atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde as taxas são mais altas, como é o caso do Brasil.

Atuações do BC

O Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.

Até agora, o BC já rolou US$ 5,118 bilhões, ou cerca de metade do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com Reuters)