Dólar sobe 1% e fecha a R$ 3,943, de olho na China e no cenário político
O dólar comercial fechou esta quarta-feira (21) com alta de 1,03%, valendo R$ 3,943 na venda. Esse é novamente o maior valor de fechamento desde 2 de outubro, quando a moeda norte-americana valia R$ 3,946.
Na véspera, a moeda tinha subido 0,67%.
No mês de outubro, o dólar acumula queda de 0,57%; no ano, tem valorização de 48,31%.
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Cenário nacional
Investidores continuavam preocupados com as contas públicas e com o cenário político no Brasil.
Nesta manhã, parlamentares da oposição entregaram novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que já sinalizou que dará continuidade ao processo.
O mercado teme que a instabilidade política dificulte ainda mais o ajuste das contas públicas e tire a credibilidade do país, afastando investimentos estrangeiros.
A expectativa de que o governo mude a meta de economia deste ano e reconheça que terá um rombo de até R$ 50 bilhões também preocupava investidores. Uma fonte ligada ao governo disse à agência de notícias Reuters que o valor do rombo pode ser ainda maior, na casa dos R$ 85 bilhões.
"A indefinição é muito grande. Isso tirou muita gente do mercado, ninguém quer se arriscar sabendo que a volatilidade pode voltar a qualquer momento", disse o operador de um importante banco nacional.
Mercado internacional
No cenário externo, a queda de 3,5% da Bolsa da China, maior baixa em cinco semanas, aumentava a insegurança de investidores em relação à economia dos países emergentes.
"A sessão asiática viu outra queda das Bolsas chinesas(...) que respingou sobre moedas emergentes, gerando perdas mais notáveis", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.
Atuações do BC
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.
Até agora, o BC já rolou US$ 7,168 bilhões, ou cerca de 70% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Reunião do Copom
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central define hoje a taxa básica de juros (Selic), após dois dias de reunião.
Atualmente, a taxa está em 14,25%, o nível mais alto desde agosto de 2006. Todos os analistas consultados pela agência de notícias Reuters e pelo jornal "Valor Econômico" acreditam que o BC irá manter os juros nesse nível, assim como fez em sua última reunião.
(Com Reuters)
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