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Dólar cai e fecha a R$ 3,687; Vale e Petrobras puxam alta de 1,63% da Bolsa

Do UOL, em São Paulo

22/10/2018 17h11Atualizada em 22/10/2018 17h33

dólar comercial fechou esta segunda-feira (22) em queda de 0,74%, cotado a R$ 3,687 na venda, na segunda baixa consecutiva. Com isso, a moeda norte-americana volta a fechar abaixo de R$ 3,70, como chegou a acontecer na semana passada.

Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 1,63%, a 85.596,69 pontos. Foi o segundo avanço seguido do índice e a maior alta diária em quase uma semana, desde 16 de outubro (+2,83%). Na sexta-feira (19), o dólar caiu 0,28%, a R$ 3,715 na venda, e a Bolsa subiu 0,44%, a 84.219,74 pontos.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.

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Vale, Petrobras e bancos sobem

O resultado da Bolsa foi puxado pelas ações da mineradora Vale (+3,25%), da Petrobras (+2,7%) e dos bancos Itaú Unibanco (+1,46%), Bradesco (+1,22%) e Banco do Brasil (+0,68%). Essas empresas têm grande peso no Ibovespa.

Usiminas salta quase 8%

A maior alta do dia foi da Usiminas. As ações da siderúrgica saltaram 7,73% e foram seguidas pelos papéis da Via Varejo (dona das Casas Bahia e do Ponto Frio), com ganho de 7,32%.

Eleições no Brasil

Investidores continuam acompanhando o cenário eleitoral brasileiro. Pesquisa de intenção de votos CNT/MDA divulgada nesta segunda mostrou que o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) tem 57% dos votos válidos, contra 43% do petista Fernando Haddad.

Líder nas pesquisas, Bolsonaro sinalizou que um eventual governo seu buscará a independência do Banco Central e já negocia com o chamado "centrão" –grupo formado por DEM, PP, PR, Solidariedade, PRB, PSC e PTB– a formação de uma base parlamentar capaz de aprovar reformas constitucionais. As duas informações são positivas, na avaliação do mercado.

O mercado também considera que Bolsonaro faria um governo mais comprometido com reformas econômicas e com o controle de gastos, devido, principalmente, ao perfil liberal de seu principal assessor econômico, Paulo Guedes.

Resultados de pesquisas, notícias sobre candidatos e boatos deixam o mercado financeiro agitado, favorecendo a especulação na Bolsa de Valores e no câmbio.

Atuação do BC

O Banco Central vendeu nesta sessão 7.700 contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 5,775 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Alívio no exterior

No exterior, mercados emergentes tinham resultado positivo após a China anunciar que fará cortes de impostos para estimular a economia. Além disso, houve alívio no mercado em relação à Itália, após a agência de classificação Moody's rebaixar a nota de crédito do país, mas manter a sua perspectiva estável.

(Com Reuters)