Bolsa sobe e bate recorde pela 10ª vez no ano; dólar cai e fecha a R$ 3,763
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, voltou a bater recorde nesta quarta-feira (23). O índice fechou em alta de 1,53%, a 96.558,42 pontos, sua maior pontuação de fechamento na história. É o décimo recorde de pontuação somente neste ano --o último foi alcançado na sexta-feira (18), quando a Bolsa chegou a 96.096,75 pontos. Desde o início de 2019, o índice acumula valorização de 9,87%.
O dólar comercial fechou em queda de 1,11%, cotado a R$ 3,763 na venda, após seis altas seguidas. É a maior baixa percentual diária em quase três semanas, desde 3 de janeiro (-1,46%). Na véspera, a moeda subiu 1,25%, a R$ 3,806, e a Bolsa caiu 0,94%, a 95.103,38 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, se refere ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
Kroton salta mais de 7%
Na maior alta do Ibovespa no dia, as ações do grupo educacional Kroton saltaram 7,33%, após a empresa apresentar ao mercado uma estimativa de melhora em seus resultados neste ano.
Entre os destaques da Bolsa, as ações do Banco do Brasil (+2,07%), do Bradesco (+1,71%), da Petrobras (+1,19%), da mineradora Vale (+1,03%) e do Itaú Unibanco (+0,67%) fecharam em alta. Essas empresas têm grande peso sobre o Ibovespa.
Reforma da Previdência
Em Davos, na Suíça, o ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou à Bloomberg TV que a maior prioridade do governo é a reforma da Previdência e que reduzirá mais da metade do rombo nas contas públicas como resultado da medida. O ministro está em Davos em razão do Fórum Econômico Mundial.
"Embora seja bem otimista essa expectativa de zerar o déficit em 2019, a postura dele [Guedes] de falar o que o mercado queria ouvir deu essa força para o real", afirmou o corretor da operadora H.Commcor, Cleber Alessie Machado.
Desde segunda-feira (21), o mercado estava sob expectativa de informações sobre a reforma da Previdência vindas de Davos, o que foi de certa forma frustrado após um discurso genérico do presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (22).
Nesta quarta, uma entrevista coletiva que teria a participação de Guedes e Bolsonaro foi cancelada de última hora, mas não houve uma forte reação do mercado.
Guerra comercial
O mercado acompanhava também os desdobramentos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Nesta quarta, o assessor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que pode haver um acordo entre os dois países até 1º de março.
"Há muito progresso a ser feito, mas é uma situação bem forte no momento. Acho que os chineses reconhecem que eles têm um grande ganho potencial de um acordo porque o crescimento deles realmente despencou", disse Hassett, em entrevista à rede de TV norte-americana CNN.
Atuação do BC
O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão 13,4 mil contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 10,72 bilhões do total de US$ 13,398 bilhões que vencem em fevereiro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.
(Com Reuters)
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