Dólar sobe 1,26%, a R$ 5,625, após BC aumentar juros pela 6ª vez; Bolsa cai
Depois de registrar queda na véspera, o dólar subiu 1,26% nesta quinta-feira (28), terminando o dia cotado a R$ 5,625 na venda. Com o desempenho, a moeda americana volta a superar a casa dos R$ 5,60 depois de três sessões, mas ainda se mantém abaixo do valor máximo do mês, de R$ 5,668, alcançado no último dia 21.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou o dia em queda de 0,62%, aos 105.704,96 pontos. É o terceiro pregão seguido de perdas para o indicador, que agora acumula baixa de 0,56% na semana.
Em outubro, o dólar soma ganhos de 3,29% frente ao real, enquanto o Ibovespa registra queda de 4,75%. No ano, o cenário é semelhante, com a moeda em alta acumulada de 8,41% e o índice, perdas de 11,19%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Selic decepciona...
O mercado repercutiu a decisão anunciada ontem pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central de subir, pela sexta vez seguida, os juros básicos da economia (Selic), de 6,25% para 7,75% ao ano — maior patamar desde setembro de 2017 (8,50% ao ano).
Também foi o maior reajuste em uma única reunião desde dezembro de 2002, quando a Selic foi elevada em três pontos percentuais. Mas o movimento decepcionou investidores, que esperavam um aumento maior, segundo analistas do Barclays.
Na esteira dos últimos acontecimentos, o Credit Suisse também piorou sua estimativa para a taxa de câmbio. "Continuamos pessimistas em relação ao real e revisamos nossa meta para cima, de R$ 5,65 para R$ 5,80", informou o banco em nota.
... E precatórios pressionam
O imbróglio em torno da chamada PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos precatórios, com a qual o governo conta para financiar mais gastos sociais, também pressionou o mercado hoje. A votação na Câmara dos Deputados, que deveria ter sido iniciada ainda ontem, foi novamente adiada e deve ficar para semana que vem — o que, de toda forma, intensifica as incertezas fiscais.
A proposta é considerada prioritária para o governo por abrir um espaço no Orçamento de 2022 de R$ 80 bilhões, o que permitira a concessão do Auxílio Brasil (substituto do Bolsa Família).
O relator da PEC, deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), reforçou hoje que a proposta não está "enterrada" e adiantou que líderes da base trabalham para mobilizar suas bancadas com o objetivo de votá-la na próxima quarta-feira (3). Por se tratar de uma PEC, ela precisa de ao menos 308 votos favoráveis em dois turnos para ser aprovada.
Não acredito que a PEC esteja enterrada. Eu acredito que na próxima quarta-feira [3] a Casa possa se sensibilizar e votar o nosso relatório. E também vejo com muita dificuldade os partidos de oposição, que historicamente são favoráveis a esses programas sociais, estarem votando contra o auxílio no valor de R$ 400 para 17 milhões de famílias.
Hugo Motta, à CNN Brasil
(Com Reuters)
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