Qual é o melhor investimento para quem não quer correr riscos?
O caso Americanas acabou afetando o patrimônio de muita gente, inclusive de quem nunca investiu em ações.
A empresa, que pediu recuperação judicial, é devedora de diversos fundos de investimento considerados de baixo risco, além de ser inquilina de alguns fundos imobiliários. Veja aqui o que fazer caso o fundo em que você investiu tenha tido perdas.
Na coluna de hoje você vai ver quais são e quanto rendem os investimentos mais seguros do país, que não sofrem qualquer abalo em situações como esta da Americanas.
Os mais seguros: Tesouro Selic e poupança
O Tesouro Selic (um dos títulos do Tesouro Direto) e a poupança são os investimentos mais seguros do país para pessoas físicas. Você pode aplicar e resgatar o dinheiro quando quiser. A probabilidade de se ter alguma perda é quase nula.
Entre os dois, o Tesouro Selic rende mais. Atualmente, está com um retorno de aproximadamente 11,8% ao ano (já descontado o Imposto de Renda), contra cerca de 8% ao ano da poupança.
Para longo prazo, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA
Se você pode deixar o dinheiro aplicado até a data de vencimento, existem outros dois investimentos tão seguros quanto os citados acima, mas que tendem a render mais. São eles os outros dois títulos do Tesouro Direto: o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA+.
Em ambos os casos, a chance de ter prejuízo é mínima se você não resgatar antes do prazo. Antes do vencimento, o título pode sofrer com as variações do mercado. Hoje, o Tesouro Prefixado com vencimento em 2026 está com rendimento anual de 10,5% ao ano, descontado o IR.
Talvez você pense: "Como o Tesouro Prefixado rende mais se ele está em 10,5%, enquanto o Selic está em 11,8%?"
Isso ocorre porque o rendimento de 10,5% ao ano do Prefixado é garantido até 2026. Já o do Tesouro Selic pode variar com o tempo. A expectativa de analistas é de que seu rendimento caia nos próximos anos, de modo que, até 2026, ela acumulará um ganho inferior ao do Prefixado.
Já o Tesouro IPCA+ acompanha a inflação e acrescenta uma taxa em torno de 5,5% ao ano, descontando o IR. É o investimento mais seguro para quem quer se proteger da inflação a longo prazo.
E os outros: CDB, LCA, LCI?
Outros investimentos que os bancos vivem oferecendo, como CDB, LCA e LCI, também são bons e tendem a render mais do que os títulos do Tesouro. No entanto, são um pouco mais arriscados.
Esses três tipos de investimento são mais rentáveis quando são emitidos por bancos pequenos e médios. Só que o risco é maior.
Se for investir em algum deles, o ideal é não deixar o valor ultrapassar R$ 250 mil por instituição financeira, pois até esse valor, se o banco quebrar, o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) paga o que você tem direito.
Finalmente, os fundos de renda fixa
Todos os fundos de investimento, inclusive os de renda fixa, têm alguma chance de às vezes ficarem no vermelho.
Os que têm menor probabilidade de perda são os fundos DI. Conforme comentei na coluna anterior, o fundo DI no qual invisto (chamado Itaú Privilège DI) existe desde 2016 e só ficou negativo em dois meses, sendo que o pior resultado foi de -0,16%.
Ou seja, o fundo DI raramente fica negativo e, quando fica, em geral é a perda é bem pequena, sendo compensada pela imensa maioria de meses no azul.
Afinal, qual é o melhor?
Depois de tanta informação, você pode ter ficado confuso, mas não fique. Se quer a maior segurança possível, é Tesouro Selic ou poupança, sendo que o primeiro rende mais.
Se quer esse mesmo nível de segurança e tem certeza de que não vai precisar resgatar o dinheiro antes do vencimento, o ideal é Tesouro IPCA+, pois ele protege da inflação a longo prazo.
O Tesouro Prefixado também é legal para longo prazo, mas não se esqueça de que, se a inflação subir, ele não se ajusta. Por outro lado, se ela cair, esse título também não reduz a rentabilidade. Renderá os 10,5% ao ano, não importa o tamanho da inflação.
CDB, LCA e LCI, só dentro do limite de R$ 250 mil. Fundo DI ou outros fundos de renda fixa também são seguros, mas lembrando que, eventualmente, podem ficar no vermelho por um mês ou outro, logo se recuperando em seguida.
Alguma dúvida?
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Este material não é um relatório de análise, recomendação de investimento ou oferta de valor mobiliário. Este conteúdo é de responsabilidade do corpo jornalístico do UOL Economia, que possui liberdade editorial. Quaisquer opiniões de especialistas credenciados eventualmente utilizadas como amparo à matéria refletem exclusivamente as opiniões pessoais desses especialistas e foram elaboradas de forma independente do Universo Online S.A.. Este material tem objetivo informativo e não tem a finalidade de assegurar a existência de garantia de resultados futuros ou a isenção de riscos. Os produtos de investimentos mencionados podem não ser adequados para todos os perfis de investidores, sendo importante o preenchimento do questionário de suitability para identificação de produtos adequados ao seu perfil, bem como a consulta de especialistas de confiança antes de qualquer investimento. Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura e não está isenta de tributação. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, a depender de condições de mercado, podendo resultar em perdas. O Universo Online S.A. se exime de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos que venham a decorrer da utilização deste material.
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