No Investigando o Mercado de hoje, analiso o pedido de demissão do presidente do Conselho de Administração Banco do Brasil, que tem ações negociadas pelo código BBAS3.
Em seguida, avalio boas notícias do setor de petróleo e comento sobre as principais empresas do setor.
O UOL Economia tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!
Confira a seguir a análise de Felipe Bevilacqua, analista e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento. Todos os dias, Belivacqua traz notícias e análises de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimentos. Este conteúdo é exclusivo para os leitores de UOL Economia+. Conheça os recursos do serviço de orientação financeira UOL Economia+, para quem quer investir melhor.
Novos lances na crise do Banco do Brasil
Na última quinta-feira (1º), o presidente do Conselho de Administração do Banco do Brasil, Hélio Magalhães, renunciou ao cargo. O motivo apresentado foi o "reiterado descaso" do governo com o BB e as demais estatais de capital aberto. Ele afirmou que a melhoria de eficiência e a venda de ativos "não são mais de interesse do acionista majoritário", no caso, o governo federal.
Além de Magalhães, o conselheiro independente José Guimarães Monforte também renunciou na mesma tarde. Monforte alegou, na carta de renúncia à qual o jornal "Valor Econômico" teve acesso, "restrição inaceitável a atos da administração" e retrocesso na governança das estatais.
As duas renúncias se somam ao pedido de demissão, em março, do CEO, André Beltrão. E ampliam a desconfiança dos investidores quanto à independência do Banco do Brasil.
As ações do Banco do Brasil (BBAS3) acumulam queda de 21,5% este ano, bem acima dos outros grandes bancos. Para mim, isso reflete a desconfiança com que o mercado vê a ingerência do governo no banco.
A notícia da renúncia dos conselheiros e os motivos descritos por eles devem ter impactos negativos nas ações BBAS3 no curto prazo.
Abertura do setor de óleo e gás começa a tomar forma
O setor de óleo e gás começa a flertar com uma aceleração da participação privada em diversos pontos da cadeia de produção. Esse processo tende a ser benéfico para a economia como um todo e contribui para o mercado de capitais, com mais opções de investimentos no setor.
A abertura de capital (IPO) da 3R Petroleum (RRRP3), em 2020, marcou a estreia de um novo player no setor, algo que não ocorria desde 2011, quando a Queiroz Galvão Exploração e Petróleo realizou seu IPO (antiga QGEP3 e atualmente Enauta - ENAT3).
Mais empresas estão vindo para a Bolsa, de olho em ativos desinvestidos pela Petrobras. Além da PetroRio (PRIO3) e da 3R (RRRP3), que já figuram entre as opções de investimento, temos a Açu Petróleo, a Compass (infraestrutura) e a PetroRecôncavo (recuperação de campos maduros) como possíveis novos ativos na Bolsa em breve.
Apesar de o petróleo já ser considerado recurso decadente frente às fontes de geração renovável e mais limpa, o mundo ainda depende largamente do dele e do gás natural para funcionar. Além do mais, no Brasil, o setor tem ainda muito espaço para desenvolvimento.
Em adição à exploração de reservas e ativos já existentes, ainda há a possibilidade de ampliação na exploração e produção de petróleo e gás no país, com a descoberta de reservas no litoral do Amapá, Pará e Maranhão. É o que está sendo chamado de pré-sal do Norte. As reservas potenciais giram em torno de 13 bilhões de barris de óleo equivalente (petróleo + gás) recuperáveis.
Embora seja excelente notícia, a descoberta ainda enfrenta entraves. O Ibama não concedeu aval para as empresas interessadas nos recursos naturais da região, como a francesa Total e a Enauta, por exemplo.
Na frente das vendas de refinarias, esperava-se uma desobstrução após a assinatura do primeiro contrato de venda da refinaria Landulpho Alves (RLAM, na Bahia) ao fundo Mubadala, por US$ 1,65 bilhão. O Tribunal de Contas da União, porém, pode cancelar a operação sob alegação de venda abaixo do preço de mercado. Isso gera instabilidade, comprometendo o interesse de investimentos de capital privado.
Apesar dos entraves, o aquecimento do setor de óleo e gás no Brasil já é realidade. O cenário, hoje, é melhor do que víamos no passado.
Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.