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ANÁLISE

Balanço da dona do Google decepciona e levanta preocupação com 'big techs'

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Imagem: iStock

Rafael Bevilacqua

28/04/2022 09h24

Hoje comentaremos os resultados da Alphabet, dona do Google, referentes ao primeiro trimestre de 2022, bem como a reação negativa dos investidores.

Confira a seguir o comentário de Rafael Bevilacqua, estrategista-chefe e sócio-fundador da casa de análise Levante Ideias de Investimento, sobre o tema. Todos os dias, Bevilacqua traz notícias e avaliações de empresas de capital aberto para você tomar as melhores decisões de investimento. Este conteúdo é acessível para os assinantes do UOL. O UOL tem uma área exclusiva para quem quer investir seu dinheiro de maneira segura e lucrar mais do que com a poupança. Conheça!

Queda no lucro levanta preocupações sobre 'big techs'

A Alphabet (NASDAQ: GOOGL), gigante norte-americana do setor de tecnologia e dona do Google, divulgou seus resultados referentes ao primeiro trimestre de 2022 na terça-feira (26), após o fechamento dos mercados, e decepcionou os investidores.

A receita da companhia no trimestre totalizou US$ 68,01 bilhões, um aumento de 23% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Contudo, o dado veio ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que projetava uma receita de US$ 68,11 bilhões.

O destaque negativo do período foram as receitas obtidas com o YouTube, que alcançaram US$ 6,87 bilhões, alta de 14,4% na comparação anual, mas significativamente abaixo das projeções do mercado, que rondavam US$ 7,5 bilhões.

Por outro lado, o Google Cloud, serviço de nuvem da companhia, surpreendeu positivamente, gerando uma receita 43,8% maior do que a reportada um ano antes, somando US$ 5,82 bilhões.

O lucro líquido da empresa também decepcionou, recuando 8,3% em comparação com o primeiro trimestre de 2021 e atingindo US$ 16,43 bilhões. Assim, o lucro por ação caiu para US$ 24,62, ante US$ 26,29 um ano antes.

O resultado mais fraco do que o esperado da Alphabet acende um alerta sobre as grandes empresas de tecnologia norte-americanas, e reforça a perspectiva de que elas devem apresentar uma desaceleração no desempenho diante da atual conjuntura.

Com a perspectiva de alta dos juros nos EUA e com a aprovação da Lei dos Serviços Digitais na Europa, o cenário se torna incerto para as big techs, como são chamadas as gigantes de tecnologia dos EUA.

É evidente que as companhias seguirão lucrativas e seus serviços continuarão a ser utilizados por bilhões de pessoas ao redor do globo, mas os resultados financeiros de grande parte destas empresas devem desacelerar.

Assim, esperamos impacto negativo nas ações da Alphabet no curto prazo.

Na quarta-feira (27), as ações da Alphabet fecharam em queda de 3,67%, cotadas a US$ 2.285,89.

Este material foi elaborado exclusivamente pela Levante Ideias e pelo estrategista-chefe e sócio-fundador Rafael Bevilacqua (sem qualquer participação do Grupo UOL) e tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar decisão de investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta de valor mobiliário ou promessa de retorno financeiro e/ou isenção de risco . Os valores mobiliários discutidos neste material podem não ser adequados para todos os perfis de investidores que, antes de qualquer decisão, deverão realizar o processo de suitability para a identificação dos produtos adequados ao seu perfil de risco. Os investidores que desejem adquirir ou negociar os valores mobiliários cobertos por este material devem obter informações pertinentes para formar a sua própria decisão de investimento. A rentabilidade de produtos financeiros pode apresentar variações e seu preço pode aumentar ou diminuir, podendo resultar em significativas perdas patrimoniais. Os desempenhos anteriores não são indicativos de resultados futuros.