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ANÁLISE

Onde investir com pouco dinheiro? Economista mostra algumas opções

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/05/2021 11h00

Muita gente pensa que investir é só para quem tem muito dinheiro. Esse é o maior mito dos investimentos. É possível, sim, investir com pouco dinheiro. Hoje, o mercado tem opções que exigem um capital muito baixo. No Papo com Especialista, realizado na última quarta-feira (5), o economista Cesar Esperandio mostrou quais são essas opções.

A live foi realizada antes da divulgação da nova taxa Selic, de 3,5% ao ano, feita pelo Copom na mesma quarta-feira (5). Confira abaixo as opções de investimentos para quem tem pouco dinheiro.

O economista também respondeu a perguntas sobre outros assuntos de finanças e investimentos.

O Papo com Especialista é o programa semanal ao vivo do UOL Economia+ , transmitido sempre às quartas-feiras, das 12h30 às 13h30, na página inicial do UOL e do UOL Economia+. O vídeo é exclusivo para assinantes.

Tesouro Selic para a reserva de emergência

No programa, o economista César Esperandio reforçou que, para qualquer investidor, mesmo aquele que tem pouco dinheiro, o primeiro passo é montar a reserva de emergência —aquele valor que é para ser usado em emergências e que representa de seis a 12 meses do seu gasto médio mensal.

Para a reserva, ele recomenda os títulos do Tesouro Selic. "São títulos que têm segurança, rentabilidade e liquidez, para você contar com a grana a qualquer momento", afirmou, ressaltando que o Tesouro Selic é mais vantajoso que a poupança para este propósito.

Ele diz que a poupança sempre vai render um terço a menos da rentabilidade do Tesouro Selic, que é considerado o investimento mais seguro do país. O Tesouro Selic aceita investimentos a partir de R$ 106.

Investimento com R$ 1

Com a reserva de emergência montada, dá para dar novos passos, mesmo com pouco dinheiro. Segundo Esperandio, todas as classes de ativos, entre renda fixa e renda variável, têm opções para quem quer investir pouco dinheiro. Na renda fixa, há CDBs a partir de R$ 1.

"Em ações, o preço vai depender do valor da ação. Se a ação tiver a R$ 1, você pode comprar a R$ 1. Mas é importante levar em conta também o preço da corretagem, apesar de a maioria das corretoras ter isentado o investidor dessa taxa ou ter reduzido os valores praticados", disse o economista.

Para ele, o mundo das ações não é recomendado para os investidores iniciantes. "Para quem é iniciante, eu diria para começar a investir em renda fixa", afirmou.

Outro ponto importante é que, em ações, o preço baixo nem sempre significa vantagem. Ações que valem R$ 1 ou até menos podem representar o que o mercado chama de micos —ações de empresas que estão com algum problema, como recuperação judicial, e que não valem muito na Bolsa. Por isso a atenção: nem sempre preço baixo é oportunidade. Conheça a empresa e seus fundamentos antes de investir.

O que levar em conta?

"Investindo pouco ou muito dinheiro, você deve olhar alguns critérios para ficar seguro, colocar a cabeça no travesseiro e não ficar preocupado com o seu dinheiro", disse Esperandio.

Um deles é o dilema rentabilidade x risco: à medida que o investimento fica mais arriscado, o seu potencial de retorno tende a ser maior. "Qualquer modalidade de investimento premia quem assumir mais riscos", disse.

Ele deu o exemplo de um CDB: o risco é maior se o título for de um banco pequeno, que tem mais probabilidade de falir do que uma grande instituição bancária. "Então, um CDB com as mesmas características de um grande banco tem rentabilidade menor do que o CDB de um banco pequeno. Ambos estão protegidos pelo FGC [Fundo Garantidor de Créditos], mas há graus de riscos diferentes, e a rentabilidade muda", explicou.

Outro critério é olhar o período de vencimento, desde investimentos que você pode sacar a qualquer momento (Tesouro Selic e CDBs de liquidez diária, por exemplo) até ativos de prazos mais longos. Quanto maior o prazo de resgate de um título, maior a sua rentabilidade. "O mundo dos investimentos também premia quem tem mais paciência", afirmou.

Também é importante checar se a instituição emissora do título é regulada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ou pelo Banco Central. Vale também consultar a página de RI (Relações com Investidores) da empresa onde você quer investir para checar a classificação de risco, demonstrações financeiras, emissoras dos títulos etc.

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