Como fazer investimento no exterior? Há 2 caminhos mais indicados
Você é investidor e pensa em fazer aplicações no exterior, mas como e onde investir? Que investimentos estão disponíveis para os brasileiros? No Papo com Especialista, programa semanal e ao vivo do UOL, o economista César Esperandio explicou que existem dois caminhos mais óbvios para investir em ativos estrangeiros, sem precisar enviar dinheiro para fora do país: via BDRs ou ETFs.
"São dois tipos de investimento que se popularizaram bastante, mas um deles é mais indicado para quem não tem tanta familiaridade em investir em empresas gringas", afirmou. Veja abaixo que investimento é esse e assista ao trecho do programa. O Papo com Especialista é um tira-dúvidas sobre investimentos exclusivo para assinantes e é transmitido toda quinta-feira, às 15h.
O que são BDRs e ETFs?
O economista explicou a diferença entre esses dois tipos de investimento:
- BDR (Brazilian Depositary Receipt): é um certificado que representa ações de empresas estrangeiras que estão listadas em bolsas no exterior. Na prática, é como se você tivesse ações da empresa, ainda que ela não esteja listada na Bolsa brasileira.
"Por exemplo, a Coca-Cola está com ações numa Bolsa norte-americana. Quando você investe a sua grana numa ação da Coca-Cola aqui na Bolsa brasileira, um agente de custódia nos EUA atesta que aquele BDR que representa a Coca-Cola agora é seu", explicou Esperandio, que também é do canal Econoweek.
- ETF (Exchange Traded Fund): é uma espécie de fundo de investimentos negociado na Bolsa, e que acompanha algum índice de outras bolsas.
Esperandio disse que este investimento pode ser um bom caminho principalmente para quem está começando a investir no exterior e não tem familiaridade com este mercado ainda, não consegue acompanhar balanços financeiros e resultados das empresas estrangeiras e nem entende a realidade da economia na qual aquela empresa está inserida.
"Para quem está começando a investir no exterior, essa pode ser uma boa alternativa, porque esses ETFs contam, geralmente, com alguma diversificação de ações gringas que compõem aquele fundo", declarou.
Economista não recomenda para quem é iniciante
Esperandio disse, no entanto, que a estratégia de começar a investir no exterior não é recomendada para quem é iniciante no mundo dos investimentos.
"Se você está começando a investir agora, o recomendável é fazer um caminho mais natural", afirmou. Confira o passo a passo:
- 1) Monte a sua reserva de emergência com títulos do Tesouro Selic.
- 2) Diversifique em outros títulos públicos do Tesouro Direto, que são o Tesouro Prefixado e o Tesouro IPCA.
- 3) Feito isso, diversifique agora com títulos da renda fixa privada (CDB, LCI e LCA), que têm um pouquinho mais de risco e com rentabilidade maior. Alguns têm proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
- 4) Diversifique ainda mais na renda fixa privada, desta vez com títulos mais arriscados (debêntures, CRI e CRA), que não contam com a proteção do FGC.
- 5) Comece a investir na renda variável, sendo o primeiro passo mais indicado investir em fundos imobiliários.
- 6) Depois, diversifique seus investimentos em ações.
"Tanto na renda fixa quanto na renda variável, você pode optar por investir em fundos de investimentos. Se você ainda não estiver confortável em selecionar, sozinho, os ativos da sua carteira, essa pode ser uma boa estratégia", declarou.
- 7) Investir no exterior. "Daí, sim, vale diversificar investindo fora do país, seja em ETFs, em BDRs, em moedas estrangeiras, em fundos cambiais. É uma estratégia super válida de diversificação de riscos até, mas tem que ser na hora certa", afirmou.
Para o economista, estes são os passos mais seguros. "Fazendo isso, você vai ter rentabilidade, sem perder o sono", declarou.
Papo com Especialista é toda quinta-feira
O programa Papo com Especialista é transmitido às quintas-feiras, das 15h às 16h, na página inicial do UOL, no UOL Economia e na página de Investimentos, e é exclusivo para assinantes. Reveja programas anteriores aqui.
Você pode enviar perguntas ao Papo pelo e-mail uoleconomiafinancas@uol.com.br —elas podem ser respondidas no programa.
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